Em entrevista, diretor da CONIB destaca a relevância da instituição diante da velocidade dos acontecimentos no Brasil e no mundo - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.

17.08.23 | Brasil

Em entrevista, diretor da CONIB destaca a relevância da instituição diante da velocidade dos acontecimentos no Brasil e no mundo

Em entrevista ao programa Fisesp Debate Podcast, o diretor da CONIB, Sergio Napchan, falou sobre a sua origem, a infância vivida no Bom Retiro, bairro da região central de São Paulo que abrigou muitos imigrantes judeus nas décadas de 1950, 60 e 70, e sobre seu ativismo e trajetória comunitária. “Fui representante de classe no Renascença e creio que foi aí que tudo começou (o ativismo comunitário)”. Napchan atuou em várias organizações judaicas: no Hospital Israelita Albert Einstein, Fisesp, Fundação AryMax, foi diretor do Colégio Liessin, no Rio de Janeiro, participou de outras tantas funções como voluntário e atualmente é o Diretor Geral da CONIB.

“Estou na CONIB há 9 anos e nesse período mudou muito o estilo de trabalho da instituição. Quando entrei, a CONIB tinha um posicionamento mais pausado, reflexivo, mas essa atitude mudou em função da velocidade dos acontecimentos nas redes sociais, principalmente, e na política, especialmente, já que a CONIB é uma organização política não partidária. Algum tempo depois, a instituição passou a ter uma atitude mais dinâmica, com um estado de alerta permanente. E, nos últimos anos, com a sociedade brasileira polarizada, a CONIB ganhou relevância, tendo que atuar com muita prontidão e diligência diante da velocidade dos acontecimentos. E a CONIB se preparou e se antecipou à polarização da sociedade, criando, por exemplo, um manifesto pré-eleitoral, em junho de 2022, com o total apoio das 16 federações judaicas do País, em que destaca posições e princípios e reforça o respeito à pluralidade de opiniões e de ideias num momento sensível que o País atravessou”.

Sobre a sua trajetória comunitária, Sergio atribuiu o seu ativismo a sua herança genética: “Meus avós maternos também foram ativistas de organizações judaicas”. Falou sobre sua participação no movimento juvenil Hashomer Hatzair, “que ajudou a moldar a minha visão de mundo e a introjetar muitos valores humanistas e universais”. “Foi uma experiência fundamental na minha vida”. Contou também sobre o curso de formação que fez em Israel e a complementação num kibutz. “E foi em Jerusalém que eu me deparei com essa perspectiva profissional”.

“Durante a faculdade eu comecei a trabalhar como profissional na comunidade, depois de um tempo atuei na Fisesp, em 1990, e uns dois a três anos depois participei de um curso de capacitação profissional promovido pela organização (internacional) Joint, que tinha uma unidade em Buenos Aires e que promovia eventos anuais, e cursos à distância. E num desses eventos foi apresentado um programa de capacitação e desenvolvimento profissional. Eu me inscrevi, fui selecionado e fiz o curso, o que me permitiu depois fazer mestrado nos EUA em trabalhos judaicos. Na ocasião, recebi total apoio da família e da Fisesp e de outras organizações da comunidade judaica brasileira e internacional”.

“Creio que fui o primeiro, ou um dos primeiros, a focar nesse tipo de trabalho, como profissional de gestão. Na época, quem queria trabalhar na comunidade fazia formação rabínica, que não era a minha vocação, ou entrava na área de gestão, ou na área de educação (Escolas). Assista ao podcast: https://www.youtube.com/watch?v=Mbq0xxjrMkg


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