08.10.24 | Brasil
Homenagem às vítimas do 7 de outubro reúne mais de 2 mil pessoas no clube Hebraica de SP
A comunidade judaica de São Paulo lotou o Centro Cívico do Clube Hebraica-SP na noite desta segunda-feira (7) para homenagear as vítimas – entre eles brasileiros -, sobreviventes dos ataques de 7 de outubro, os soldados caídos e os que ainda lutam em defesa do Estado de Israel e para exigir a libertação dos que continuam mantidos em cativeiro pelo Hamas em Gaza.
O evento, que emocionou o público presente, foi uma iniciativa da Hebraica de São Paulo, Consulado de Israel, CONIB, Fisesp, StandWithUS Brasil, Fundo Comunitário, Agência Judaica, KKL e IBI e reuniu lideranças e parentes de vítimas dos atentados, como a homenageada Tatiana Nidejelski , mãe de Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, jovem brasileiro morto no ataque do dia 7 de outubro de 2023. Jovens soldados presentes, representando as Forças de Defesa de Israel, também foram homenageados.
Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Fisesp, e Deborah Sutton, do StandWithUS Brasil, foram os mestres de cerimônia do evento, que teve início com a execução do Hino Nacional e com o acendimento de três velas. A primeira vela foi acesa pelo cônsul-geral de Israel em SP, Rafael Erdreich, e sua esposa, em homenagem aos caídos: a segunda, em homenagem aos soldados que morreram em defesa de Israel e saíram das vítimas de atentado nos últimos 12 meses, foi acesa por representantes do Fundo Comunitário e de outras instituições e a terceira vela coube à Tatiana, mãe do Ranani, Ruth Goldberg e Manoela Miklos, respectivamente, presidente e diretora do IBI.
Houve uma homenagem especial aos brasileiros mortos nos ataques e à enfermeira Amit Man que foi morta ao tentar ajudar pessoas feridas em 7 de outubro.
O presidente israelense, Isaac Herzog, enviou mensagem em vídeo, enaltecendo e agradecendo o apoio dos judeus da diáspora a Israel.
O presidente da CONIB, Claudio Lottenberg, abordou o crescente antissemitismo, como consequência do conflito no Oriente Médio, e destacou: “Estamos mais do que nunca unidos, fortes e resilientes”. E essa unidade é a resposta que damos neste momento e é a forma mais poderosa de resistência, para dentro e para fora de nossa comunidade”. A nossa capacidade de solidariedade reergue-se com coragem e resiliência, o que caracteriza a história do povo judeu”.
O presidente do clube, Fernando Rosenthal, falou sobre a importância das homenagens; crianças de escolas judaicas cantaram uma canção em hebraico e jovens leram um manifesto. Também foram homenageados brasileiros não judeus que se posicionaram na defesa de Israel, como Carol Malouf, Milton Neves, Madeleine Lacsko e Mario Sabino.
A organização Beit Halochem, que dá apoio aos soldados feridos, esteve representada, com a participação de dois oficiais, que contaram sua história.
O cantor israelense Dudu Fisher também participou das homenagens junto com seu filho pequeno.
O presidente do StandWithUs Brasil, Andre Lajst, falou sobre antissemitismo e sobre a ameaça de que o Hamas representa não apenas Israel, mas também outros países da região e os próprios palestinos. E concluiu com a frase: “Nunca mais é agora!”. As embaixadoras CONIB, com vestidos brancos que trazem os nomes de referências, também tiveram um momento especial no evento.
O público presente participou exibindo a bandeira de Israel e pequenas velas artificiais, que foram distribuídas na entrada.
O presidente da Fisesp, Marcos Knobel, destacou o envolvimento da comunidade judaica em ações feitas pela liberação dos reféns.
Ao final, os protagonistas do evento foram convidados a subir ao palco para cantar o Hatikva. Enquanto o hino de Israel era entoado, a bandeira do país era exibida no telão central e as velas acesas pelo público presente.