CONIB repudia ato antissemita em palestra de Michel Gherman na Universidade Federal do Ceará - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.

07.11.24 | Brasil

CONIB repudia ato antissemita em palestra de Michel Gherman na Universidade Federal do Ceará

A CONIB repudia veementemente a atitude hostil e antissemita por parte de um grupo de estudantes pró-palestinos que, liderados por organizações de extrema esquerda, interromperam palestra do professor Michel Gherman na Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, para manifestar apoio a terroristas do Hamas e aos ataques de 7 de outubro de 2023. A atitude hostil se contrapõe ao diálogo e à busca do conhecimento, que deveriam prevalecer na atividade universitária. Atos como esse apenas contribuem para promover o discurso de ódio, o extremismo e o antissemitismo, em prejuízo do diálogo e do conhecimento.

O episódio ocorreu na última quarta-feira, 30 de outubro, durante a abertura do semestre 2024.2 do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

A mesa-redonda abordava o conflito Israel-Palestina e contava com a participação de Michel Gherman (UFRJ), do Instituto Brasil-Israel, Jawdat Abu-El-Haj (UFC), de origem palestina, Fábio Gentile (UFC), coordenador do programa, e Matheus Alexandre, doutorando da UFC e professor da StandWithUs Brasil, com pesquisa sobre antissemitismo contemporâneo no Brasil.

Após 30 minutos de debates, o painel foi interrompido por um grupo de ativistas extremistas, em sua maioria mascarados, com bandeiras palestinas e um cartaz em homenagem a Yahya Sinwar, líder do Hamas e responsável pelo ataque de 7 de outubro no sul de Israel. Entre eles, alguns vestiam camisetas da juventude do Partido Comunista Brasileiro. Esse grupo tomou o microfone dos palestrantes e iniciou provocações direcionadas especialmente a Michel Gherman e a Matheus Alexandre.

Os manifestantes se apresentavam como críticos do sionismo na mesa-redonda, referindo-se ao ataque de 7 de outubro como “Operação Dilúvio Al-Aqsa” e a Sinwar como “mártir da resistência”. Os ataques foram generalizados: Gherman foi chamado de “sionista nazista”, Abu-El-Haj de “palestino vendido”, e a professora Alba Carvalho, vice-coordenadora do programa e presente no evento, foi acusada de racismo ao questionar os extremistas.

O grupo ainda chamou os palestrantes de "ratos que deveriam voltar para o esgoto" e que "sionistas controlam o monopólio dos meios de comunicação". Quando professores ou pessoas do público pediam que respeitassem o debate ou participassem de forma construtiva, eles respondiam: “Somos estudantes, não pacifistas!” e “Não há debate com o sionismo”.

Após cerca de 40 minutos de interrupções, os organizadores decidiram cancelar o evento.


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