22.01.25 | Mundo

Relatório aponta aumento de 340% do antissemitismo global

Novo relatório divulgado pela Organização Sionista Mundial e pela Agência Judaica para Israel e apresentado nesta quarta-feira (22) pelo presidente israelense, Isaac Herzog, por ocasião da proximidade do Dia Internacional da Memória do Holocausto, revela que o antissemitismo global teve aumento de 340% no ano de 2024 em comparação com 2022, já que 2023 foi um ano excepcional, com o início do conflito Israel-Hamas como consequência dos ataques terroristas, de acordo com matéria de Zev Stub, no Times of Israel. Em comparação com 2023, o número de incidentes antissemitas quase dobrou, segundo o estudo.

O relatório veio uma semana depois da divulgação de pesquisa da Liga Antidifamação (ADL) ter revelado que quase metade de todos os adultos no mundo têm visões antissemitas significativas. O aumento acentuado “representa uma ameaça real aos fundamentos da democracia ocidental, onde o novo discurso antissemita corrói os valores fundamentais da sociedade democrática e cria rachaduras no muro do pluralismo e da tolerância”, disse Raheli Baratz, chefe do Departamento de Combate ao Antissemitismo da Organização Sionista Mundial e autora do relatório.

O estudo cita o Brasil, destacando que a “onda de retórica antissemita nas mídias sociais” foi desencadeada com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparando as ações de Israel em Gaza ao Holocausto, em fevereiro do ano passado. No Chile, houve um aumento de 325% nos incidentes antissemitas, enquanto a Argentina viu uma ligeira redução dos casos.

Nos Estados Unidos, houve um aumento de 288% nos incidentes antissemitas, com pico em abril de 2024. Os incidentes incluíram uma série de atos significativos de violência, como o assassinato de Ben Harouni na Califórnia em março, ataques a sinagogas e violência em escolas e universidades.

No Canadá, a situação foi ainda pior, com um aumento de 562% nos incidentes antissemitas, um quarto dos quais ocorreram de forma violenta, segundo o relatório.

As tendências foram igualmente preocupantes na Europa, diz o estudo. Na França, houve um aumento de mais de 350% de incidentes antissemitas, com 28% envolvendo violência, segundo o relatório. No Reino Unido, foi registrado um aumento de 450% dos incidentes antissemitas, com quase 2.000 casos somente no primeiro semestre de 2024.

Na China, as plataformas de mídia social foram inundadas com conteúdo antissemita e teorias da conspiração, incluindo negação do Holocausto. No Japão e em Taiwan, houve protestos anti-Israel e gestos nazistas, algo que antes não era comum na região.

A África do Sul viu um aumento de 185% em incidentes antissemitas, incluindo apelos por boicotes ao Estado judeu e propaganda anti-Israel. O relatório observou que o número real de incidentes antissemitas é provavelmente maior do que o relatado.

A Austrália registrou um aumento acentuado de 387% em incidentes antissemitas, com incidentes incluindo incêndio criminoso em sinagogas, vandalismo contra propriedades e agressões físicas.


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