14.03.23 | Brasil
Com o apoio da UNESCO, São Paulo vai adotar o primeiro projeto inserido no Programa Internacional de Educação sobre o Holocausto
Em parceria com a UNESCO e com o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, a cidade de São Paulo vai adotar o primeiro projeto brasileiro inserido no Programa Internacional de Educação sobre o Holocausto e o Genocídio (IPHGE). A decisão é decorrente de outros projetos implantados no País e que contaram com o apoio da CONIB. O Ceará incluiu em 2017 o ensino do Holocausto nas escolas da rede estadual.
Em 2016, a CONIB manteve encontros em Brasília com autoridades e representantes do MEC para propor a inclusão da história dos judeus no Brasil na Base Nacional Curricular. Na ocasião, a realização da prova do ENEM aos sábados foi o segundo tema tratado. E, em 2017, Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou o Projeto de Lei 6542/16, que proíbe a aplicação, aos sábados, em todo o território nacional, de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de concursos públicos. O projeto, de autoria do deputado Moisés Diniz (PCdoB-AC), estabelece que as provas do Enem sejam realizadas em dois domingos consecutivos, e não em um só final de semana, como aconteceu até 2016.
Agora, uma delegação de representantes do MEC (Ministério da Educação e Cultura) e de servidores de São Paulo - das Secretarias Municipais de Relações Internacionais (SMRI), da Educação (SME) e de Cidadania e Direitos Humanos (SMDHC) – participou de treinamento no Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington D.C, para capacitação do primeiro projeto brasileiro do Programa Internacional de Educação sobre o Holocausto e o Genocídio (IPHGE).
Participaram do curso de capacitação, 37 representantes da área educacional de 11 países (Brasil, Camboja, Colômbia, Equador, Grécia, Índia, Marrocos, Nigéria, Ruanda, Sérvia e Emirados Árabes Unidos). O objetivo foi unir esforços globais para prevenir novos eventos de violência e genocídio, visando fortalecer a educação a fim de aumentar o conhecimento sobre o Holocausto.
O evento ocorreu de 12 a 18 de fevereiro e teve como objetivo aprimorar e aprovar a proposta do projeto brasileiro, que será desenvolvido na rede municipal de ensino, uma parceria coletiva entre a cidade de São Paulo, a UNESCO, Ministério da Educação, Museu do Holocausto de Curitiba e B'nai B'rith Brasil.
O assessor de assuntos Internacionais Multilaterais, Luis Felipe Mendes, que representou as SMRI no evento, disse que a cidade de São Paulo, que já tem políticas como o Farol de Combate ao Racismo Estrutural, foi escolhida por suas dimensões, diversidade e histórico de acolhimento às diferenças para desenvolver este programa pioneiro no Brasil.
Ele destacou que a participação das SMRI no Programa Internacional de Educação sobre o Holocausto e o Genocídio (IPHGE) posicionou São Paulo como referência de educação para os direitos humanos, a cultura de paz e a promoção da tolerância como a cidade que receberá a realização do 1º projeto brasileiro de educação sobre o Holocausto e o genocídio junto à UNESCO e ao Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos. Saiba mais acessando os links: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/relacoes_internacionais/noticias/index.php?p=343399