16.03.23 | Brasil

CONIB se reúne com Procurador Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul para pedir investigação sobre deputado que exaltou Hitler em tribuna na Assembleia do MS

O vice-presidente da CONIB, Daniel Bialski, e os diretores da instituição Octavio Aronis e Andrea Vainer, todos advogados, se reuniram com o Procurador Geral de Justiça do Mato Grosso do Sul, Alexandre Magno Benites de Lacerda, para pedir providências e investigação sobre caso em que o deputado estadual do PL João Henrique Catan exaltou Hitler numa sessão na tribuna da Assembleia do MS, exibindo um exemplar do livro Minha Luta, do ditador nazista.

A CONIB encaminhou ofício ao Procurador em que destaca que, dentre seus objetivos fundamentais estão “agir contra manifestações de caráter discriminatório, especialmente contra o racismo e o antissemitismo, promovendo a defesa dos direitos humanos e demais valores universais”, bem como “estimular a compreensão e a tolerância, promovendo a ética, a democracia, a cidadania e a paz” (art. 2º, III e IV, do Estatuto da CONIB). Dentro deste contexto, a CONIB recebeu, estarrecida, a notícia de que o Deputado Estadual em questão teria exibindo o livro “Minha Luta”, de Adolf Hitler, durante fala na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, oportunidade em que teria afirmado “é com a apresentação de Mein Kampf de Hitler que peço para que este parlamento se fortaleça, se reconstrua, se reorganize”.

Dentro deste contexto, a doutrina de Adolf Hitler, descrita no livro “Minha Luta”, prega o extermínio desses seres humanos considerados “inferiores”. Importa frisar que na referida publicação, Hitler se refere às minorias, sobretudo judeus e negros, como “parasitas, mentirosos, vermes, sugadores de sangue eterno, repulsivos, sem escrúpulos, monstros, ameaça, estrangeiros, sanguinários, o destruidor da humanidade ariana, e o inimigo mortal da humanidade ariana” que não deveriam ter direito à existência.

A memória das milhões de vítimas dessa tragédia deve ser preservada e respeitada e esse passado nefasto deve servir sempre de alerta.

É preciso ter em mente que o Holocausto promovido pelo regime Nazista durante a Segunda Guerra Mundial representa o capítulo mais trágico e doloroso da história judaica.

É, portanto, absolutamente intolerável e indefensável que alguém adentre uma casa do Parlamento exaltando o livro “Minha Luta”, que, repita-se tem como base ideológica a existência de uma raça superior e que prega a aniquilação de outros seres humanos.


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