O vice-presidente da CONIB, Luiz Kignel, liderou o encontro com representantes das federadas, criando uma dinâmica que facilitou aos participantes expor seus principais desafios e reivindicações. Os tópicos abordados foram educação, segurança, juventude, antissemitismo, relações institucionais, eventos (área cultural), hasbará, turismo judaico. E os mais votados, de acordo com as necessidades das federações, foram educação, segurança e antissemitismo.

Flávio Hebron, do Comitê Israelita do Rio Grande do Norte (CIRN), pediu sugestões de como acolher a comunidade em momentos de polarização. David Vidal Israel, do Comitê Israelita do Amazonas (CIAM) completou, afirmando que ainda persiste uma polarização dentro da comunidade judaica amazonense.

O diretor da CONIB e ex-presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (FIRS) Sebastian Watenberg destacou a necessidade de engajar num conjunto de valores comuns os que se mantêm afastados de suas comunidades por diferenças ideológicas.

O presidente da Federação Israelita do Estado São Paulo (Fisesp), Marcos Knobel, atribuiu a polarização às diferentes linhas de conduta de entidades judaicas e também defendeu o acolhimento de todos. Também falou sobre a necessidade de aproximação com escolas e faculdades.

O representante da Federação do Estado de Minas Gerais (Fisemg) disse que a sua instituição procura focar na aproximação com políticos pró-Israel.

O coordenador de Comunicação da Federação Israelita de Pernambuco (FIPE), Jáder Tachlitsky, disse que em escolas não judaicas de seu estado os professores costumam ter um viés anti-Israel. “Por isso é importante promover palestras sobre o que realmente acontece no Oriente Médio”, destacou.

Marcio Chachamovich, presidente da FIRS, defendeu a necessidade de manter as comunidades bem informadas, “porque políticos tentam obter ganho político com a polarização”.

Rogério Palmeira, da Sociedade Israelita da Bahia (SIB) sugeriu “trazer parlamentares para perto” das comunidades. Alberto Klein, da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), disse que está organizando grupos para visitarem o Memorial do Holocausto na cidade.

Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Fisesp, fez um breve relato da recente viagem que fez, junto com o presidente da CONIB, Claudio Lottenberg, e o vice Daniel Bialski, a Israel acompanhando um grupo de parlamentares de diferentes partidos políticos. “O saldo foi muito positivo”, disse ele, ao destacar a importância de os parlamentares poderem ter visto de perto como funcionam as instituições israelenses.

Denise Pizelman, da Associação Israeleita Catarinense (AIC), sugeriu a criação de “uma forma comum e organizada de buscar uma aproximação com lideranças políticas.

Simone Lafer, da Sociedade Israelita do Ceará, falou sobre a bem-sucedida exposição que a sua instituição realizou, em parceria com o Ministério Público, “Do Holocausto à libertação”, que, segundo afirmou, teve um alto número de visitantes, inclusive de alunos de escolas e faculdades.

Alfredo Silberman, da Congregação Israelita Capixaba, disse que tem tido um bom apoio das autoridades e que o governador se colocou à disposição da comunidade.

A advogada Kathia Kozlowski falou sobre o trabalho que irá desenvolver em Brasília como representante da CONIB.

Kignel encerrou o encontro sugerindo a criação de um projeto para as federadas, ao estilo da Academia Judaica da (CIP), que oferece ferramentas para o desenvolvimento comunitário através da conexão com Israel e fortalecimento da identidade judaica.