O diretor da CONIB Oscar Jaroslavsky mediou o workshop com jovens - um dos painéis da Convenção da CONIB -, com Gabriel e Stella Schorr (da Agência Judaica). Jaroslavsky disse que a CONIB está atuando em várias frentes, desde os ataques do dia 7/10, em conjunto com o gabinete de crise.

Gabriel, que nasceu em Porto Alegre e viveu grande parte de sua vida em Israel, falou de sua experiência como soldado. Ele morou em Nablus, na Cisjordânia, e em outras cidades israelenses e, entre 2004 a 2006, participou de operações militares e de mapeamento de túneis.

“Estávamos próximos de um acordo Arábia Saudita e de uma aproximação maior com países árabes quando aconteceram os ataques”, diz ele. “Houve um planejamento para o dia 7 de outubro, porque fundamentalistas moram em Israel, trabalham na parte de energia e infraestrutura e até mesmo dentro do exército - essas pessoas devem ter colaborado com membros do Hamas em Gaza”. Ele avalia que é necessário manter o cerco a Gaza, com a destruição de túneis, e outras ações necessárias. Mas reconhece que esta situação “é a mais complexa missão bélica do governo de Israel”.

Gabriel falou também sobre a situação dos reféns: “Nos primeiros dias não conseguia dormir por medo diante da possibilidade de novos ataques. Ficava com um facão por perto para proteger minha família. E isso também acontecia com outras famílias. Muitos quase não saem de casa por medo. E acredito que vai ser difícil encontrar os reféns”.