27.01.25 | Brasil
Comunidade judaica do RJ presta homenagem às vítimas do Holocausto em evento no Palácio da Cidade
Sobreviventes do Holocausto e seus descendentes, políticos e autoridades diplomáticas e eclesiais prestaram homenagem neste domingo (26) às vítimas do regime nazista e pela passagem dos 80 anos da libertação dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, em cerimônia realizada no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro.
O evento, sob o tema “80 anos depois: Memória, Resistência e Esperança”, foi uma ação colaborativa entre o vereador Flávio Valle e a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) e com apoios da Prefeitura e da Confederação Israelita do Brasil (Conib), representada pelo vice-presidente Ary Bergher.
“Hoje, com profunda emoção e respeito, prestamos homenagens e refletimos sobre os horrores do passado, reafirmando nosso compromisso contra o ódio e a intolerância”, afirmou o presidente da FIERJ, Bruno Feigelson, que agradeceu a todos que estiveram no Palácio da Cidade e aos que contribuíram para a realização do evento.
"O combate ao antissemitismo não é apenas uma questão de memória histórica, mas uma necessidade urgente da atualidade. Como vereador do Rio de Janeiro levo essa bandeira para dentro do parlamento e continuarei trabalhando para que a nossa cidade se torne um modelo no combate ao antissemitismo, promovendo iniciativas legislativas que garantam a segurança da comunidade judaica, a educação sobre o Holocausto e a defesa dos direitos humanos", disse o vereador Flávio Valle.
Flávio Valle também anunciou o estudo realizado por seu gabinete que aponta o custo do antissemitismo para o turismo brasileiro. Segundo dados levantados pelo gabinete do vereador, cerca de 11,9 mil israelenses judeus visitaram o Brasil no ano passado (dados da Embratur), com um impacto na economia brasileira de aproximadamente R$54,5 milhões (dados do Banco Central).
Para ele, "um país plural e diverso como o Brasil não pode ter uma perda significativa no turismo, setor que somos referência, por conta de atitudes antissemitas. Seguirei trabalhando para combater o antissemitismo em todo o território nacional", finalizou.
A cerimônia contou com a execução dos hinos do Brasil e de Israel pelo artista de origem judaica Dani Flomin e o acendimento de 7 velas. Sobreviventes, autoridades políticas, líderes religiosos e jovens acenderam as velas em homenagens especiais:
1ª vela por todos os sobreviventes presentes;
2ª vela representando todas as minorias e o compromisso de nunca mais permitir o ódio e a intolerância;
3ª vela pelas crianças assassinadas;
4ª vela pelos resistentes e heróis do Holocausto;
5ª vela pela educação e transmissão da memória às novas gerações;
6ª vela por todos que reconstruíram suas vidas e que lutam contra o antissemitismo;
7ª vela em homenagem às vítimas do massacre de 7 de outubro; em Memória das crianças, mulheres e famílias assassinadas.
A vice-presidente e diretora de eventos da FIERJ, Suzana Bennesby, explicou que a cerimônia também fez referência à semana de 19 a 25 de janeiro em que o país se mobilizou em torno do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro): “A intolerância religiosa é um mal que todos devemos combater e, por isso, no acendimento de velas fizemos menção a isso, além das homenagens à memória das vítimas do Holocausto.”
Participaram da cerimônia de acendimento das velas a professora Sofia Débora Levy com os sobreviventes Jorge Tredler, Helga Katz, Rolande Fichberg, Rabino Eliezer Stauber, Judy Botler, com sua mãe e sobrevivente Ellen, Rahel Botler e Fela Taublib; Suzana Bennesby e Bruno Feigelson, vice-presidente e presidente da FIERJ; o Secretário municipal de Cultura, Lucas Padilha, vereadores Marcos Dias e Flávio Valle; ocCônsul-geral da Alemanha, Jan Freigang.