04.02.25 | Brasil
Tribunal de Justiça Militar de SP sedia palestra pelo Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
O Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo sediou palestra na segunda-feira (27) pelo Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. O evento reuniu cerca de 200 pessoas, entre alunos do Colégio Militar do Barro Branco, juízes, advogados e representantes da comunidade judaica e foi promovido pela Escola Judiciária Militar de São Paulo (EJMSP) com a participação da StandWithUs Brasil, Memorial do Holocausto e do Centro de Educação e Memória do Holocausto. Contou com um painel de especialistas que destacaram a importância de preservar a memória do Holocausto e seu impacto na construção dos direitos humanos no mundo.
A data, celebrada internacionalmente em 27 de janeiro, marca os 80 anos da liberação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, símbolo do genocídio que tirou a vida de milhões de judeus, além de outras minorias perseguidas pelo regime nazista.
O evento contou com a apresentação de uma pesquisa pelo doutorando Matheus Alexandre, da Universidade Federal do Ceará, que abrangeu dados de estudantes de diversos países. A investigação apontou um grande desconhecimento, por parte dos alunos, sobre o que foi Holocausto. “Esse levantamento mostra a importância da inclusão do estudo do Holocausto nos currículos escolares, ampliando o debate sobre tolerância, respeito às diferenças e direitos fundamentais”.
Entre os palestrantes falaram Jorge Weiser e Joshua Strul, sobreviventes do Holocausto, que emocionaram o público ao compartilharem suas histórias e reflexões sobre os horrores vividos nos campos de concentração. Os dois finalizaram suas falas, manifestando gratidão ao Brasil e ao povo brasileiro e ao Brasil, onde puderam reconstruir suas vidas.
Sarita Mucinic Sarue, pedagoga e mestre em Estudos Judaicos pela FFLCH-USP, lembrou que em Auschwitz, o maior campo de concentração mantido pela Alemanha, foram mortos entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas, em sua maioria judeus. Para Sarita, o Brasil foi um porto seguro para muitos sobreviventes. “O que o imigrante mais almeja é ter um solo sob seus pés e a perspectiva de começar uma nova trajetória”.