20.05.25 | Brasil

TJ de SP mantém condenação de Adilson Amadeu a dois anos e meio de prisão por antissemitismo

O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação do vereador Adilson Amadeu (União Brasil) a dois anos e meio de prisão e perda do mandato por antissemitismo. Com o voto da desembargadora Maria Cecília Leone, relatora, o Tribunal rejeitou por cinco a zero os embargos infringentes e de nulidade sustentados pela defesa e confirmou a condenação em primeira instância, em 2023. Mas a defesa do vereador já anunciou que vai recorrer da sentença, segundo noticiou o jornal O Estado de S.Paulo.

A decisão do TJ, que mantém a pena imposta em primeiro grau a Adilson Amadeu, foi decretada na sessão do último dia 13. É a segunda condenação do suplente a vereador por antissemitismo. Em 2020, durante a pandemia, ele foi acusado de ter enviado áudio no WhatsApp onde ‘proferiu palavras preconceituosas aos judeus e divulgou as mensagens em grupos’, segundo sentença da juíza Renata William Rached Catelli, da 21ª Vara Criminal de São Paulo.

No processo, ele argumentou que compartilhou o áudio ‘com amigos de infância e que o seu alvo nunca foram os judeus, e sim a administração pública municipal e estadual, durante a pandemia’.

Amadeu alegou que enviou um pedido de desculpas à Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), em 27 de abril de 2022. Mas, segundo o advogado criminalista Daniel Bialski ‘ficou comprovado que (Adilson Amadeu) jamais se desculpou, e até apresentou documentos ideologicamente falsos para tentar induzir a juíza em erro’.

Amadeu também havia sido condenado por injúria racial após ataques antissemitas ao vereador Daniel Annenberg (PSDB), em uma sessão na Câmara Municipal de São Paulo. Durante a discussão de um projeto, em dezembro de 2019, ele xingou o colega de ‘judeu filho da puta’ e ‘judeu bosta’.

Daniel Bialski, em conjunto com outros advogados, atuou como assistente da acusação. Para ele, a condenação de Amadeu ‘é mais um exemplo de que haverá um combate e uma busca incansáveis pela punição de todo tipo de discurso de ódio contra a comunidade judaica’. “Inclusive, contra aqueles antissemitas que tentam usar de jargões e disfarçar seu preconceito”. “Não descansaremos até todos serem punidos, porque o Brasil é um berço de convivência harmônica e esse racismo não pode ser, jamais, tolerado”, destacou Bialski.


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