12.06.25 | Brasil
CONIB reage a declarações de Celso Amorim e diz que mudança de postura brasileira no Oriente Médio levou a encolhimento da projeção do Brasil na região e no mundo
O jornal O Estado de S.Paulo publicou nota da CONIB em resposta a declarações do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e ao posicionamento do governo brasileiro com relação a Israel e à guerra na Faixa de Gaza. Amorim disse que ele e o presidente Lula já foram chamados de antissemitas “várias vezes” e que “não podem se incomodar com isso”.
A CONIB afirmou que Amorim, como “arquiteto da política externa brasileira atual”, “desviou-se da nossa tradição de moderação e equilíbrio no Oriente Médio”, o que levou a um “encolhimento da projeção do Brasil na região e no mundo, alinhando nosso país a ditaduras e autocracias”. “Suas ligações com a teocracia iraniana - que diz abertamente querer destruir Israel - são conhecidas e antigas, e Amorim chegou a escrever um prefácio em livro elogioso ao grupo terrorista Hamas. Infelizmente, essas revelações são coerentes com a postura dele. Pior: o experiente diplomata renega a ligação profunda entre judeus e o único Estado judeu do mundo. Cerca de metade da população judaica no mundo vive em Israel, e a maioria das famílias tem parentes no país. A tentativa de separar Israel dos judeus é uma manipulação equivocada e interessada, que visa justificar a injustificável postura contra Israel. Lamentável, mas revelador”.