17.06.25 | Brasil
Delegação de autoridades brasileiras deixa Israel via Jordânia e Arábia Saudita
A delegação de autoridades brasileiras que visitava Israel foi levada de ônibus para a Jordânia na segunda (16) e de lá segue para a Arábia Saudita, de onde sairá com destino ao Brasil. A informação foi dada à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, pelo prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil). Segundo ele, a operação será feita para evitar o espaço aéreo israelense.
"Tem uma aeronave nos esperando. Ela foi conseguida pelo prefeito de João Pessoa, Cicero Lucena (PP). É uma aeronave particular. Nove irão nessa aeronave. Eu sou um desses nove. Outros três vão em avião de carreira, passando pelo Qatar, com destino ao Brasil", disse ele em áudio, de acordo com a matéria.
Os nove que irão de voo particular são: Cícero de Lucena, Álvaro Damião, Márcio Lobato (secretário de Segurança de Belo Horizonte), Francisco Nélio (tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios), Welberth Porto (prefeito de Macaé), Claudia da Silva (vice-prefeita de Goiânia), Janete Aparecida (vice-prefeita de Divinópolis), Johnny Maycon (prefeito de Nova Friburgo) e Francisco Vagner (secretário de Planejamento de Natal).
Flávio Guimarães (vereador do Rio de Janeiro), Gilson Chagas (secretário de Segurança de Niterói) e Davi de Davi de Matos (chefe-executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro) tomarão voo comercial.
Toda a operação de retirada da delegação brasileira foi organizada pelas autoridades israelenses e saiu de Kfar Saba, cidade israelense a 20 quilômetros de Tel Aviv. O trajeto até a Jordânia durou duas horas.
Em nota divulgada na segunda-feira (16), o Itamaraty afirmou que desaconselhou a viagem dos prefeitos e demais políticos brasileiros a Israel. "Em junho corrente, duas comitivas de autoridades brasileiras viajaram a Israel a convite do governo israelense, a despeito do alerta consular da Embaixada do Brasil em Tel Aviv", diz a nota, de acordo com matéria na Folha de S.Paulo.
O órgão informou ainda que a orientação que desaconselha as viagens não essenciais à região existe desde 2023. De acordo com fontes do Itamaraty, o processo de resgate de civis no território israelense ainda está sendo avaliado pelo governo brasileiro.