Matéria de Henrique Sampaio em O Estado de S.Paulo desta terça (8) revela que o Grok, inteligência artificial (IA) desenvolvida pela xAI e integrada à rede social X (antigo Twitter), apresentou respostas polêmicas sobre judeus, Hollywood, política e até a relação de Elon Musk com Jeffrey Epstein. O problema apresentado teria surgido no último fim de semana após uma atualização anunciada por Elon Musk.

De acordo com a matéria, ao ser questionado sobre o que tornaria difícil assistir a filmes, o Grok respondeu mencionando “viés ideológico”, “diversidade forçada” e “estereótipos antibrancos”. Em sequência, ao ser questionado sobre quais grupos estariam por trás dessas escolhas criativas, o chatbot mencionou executivos judeus e citou estúdios como Warner Bros., Paramount e Disney, o que remete a estereótipos historicamente associados a teorias conspiratórias.

Para a Liga Antidifamação (ADL),  com a qual a CONIB tem parceria,  a ideia de que judeus controlam Hollywood é um exemplo clássico de discurso antissemita.

E não é a primeira vez que Elon Musk é associado a polêmicas envolvendo discurso antissemita. Em novembro de 2023, ele respondeu a uma publicação de um usuário que acusava judeus de promoverem “ódio contra brancos”, afirmando que o post dizia “a verdade”. A declaração foi criticada por entidades como a ADL e levou à suspensão de campanhas publicitárias de grandes marcas como Apple, IBM, Disney e da Comissão Europeia. Segundo relatórios da imprensa norte-americana, a saída dos anunciantes teve impacto direto na receita da rede X.