15.07.25 | Mundo
Partido ultraortodoxo israelense renuncia em protesto contra a nova proposta sobre alistamento militar
O partido Judaísmo Unido da Torá (UTJ) deixou a coalizão de governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em meio a uma disputa sobre o alistamento militar obrigatório para os judeus ultraortodoxos, segundo noticiou o Times of Israel.
Seis membros da sigla entregaram, durante a madrugada desta terça-feira (14), cartas de renúncias aos cargos que ocupavam em comissões parlamentares e em ministérios. O presidente do UTJ, Yitzhak Goldknopf, já havia renunciado há um mês. O motivo foi a tramitação de um projeto de lei que pretende acabar com a isenção do alistamento militar obrigatório para os judeus ultraortodoxos.
Com a saída do grupo, Netanyahu ficará com maioria mínima de 61 assentos no Knesset, que tem um total de 120 cadeiras. O Shas, outro partido ultraortodoxo e que ocupa 11 cadeiras, pode seguir o mesmo caminho.
A coalizão de Netanyahu enfrenta crises internas há meses. No mês passado, os ultraortodoxos ameaçaram votar a favor de uma proposta preliminar para dissolver o Knesset. Caso fosse aprovado, o texto seria um primeiro passo para a realização de eleições antecipadas.
No fim, o projeto, apresentado pela oposição, foi rejeitado após receber 61 votos contrários e 53 favoráveis.