29.07.25 | Brasil

Federadas reagem com profunda preocupação à saída do Brasil da IHRA

Federações israelitas de estados brasileiros manifestaram preocupação com a decisão do governo de retirar o País da IHRA (Aliança Internacional para a Memória do Holocausto).

Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP), considera a decisão como um retrocesso no combate ao antissemitismo no país. “A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) recebeu com tristeza a decisão do Brasil de se retirar como observador da IHRA. Mesmo sem ter direito a voto, a presença brasileira era um alento para a comunidade judaica e para a sociedade como um todo. A participação do Brasil ajudava a garantir a defesa contra o antissemitismo e contra a banalização do Holocausto”, disse em entrevista ao Times Brasil o presidente da Fisesp, Marcos Knobel.

A Federação Israelita do Paraná divulgou nota, afirmando que “recebe com profunda preocupação notícias sobre recente decisão do governo brasileiro que fragiliza o compromisso histórico do país com a memória do Holocausto e com o combate ao antissemitismo. A retirada do Brasil de iniciativas internacionais de preservação da memória e as posições assumidas em processos internacionais geram perplexidade e consternação entre as comunidades judaicas, justamente em um momento em que o mundo precisa reafirmar valores de tolerância e respeito”.

A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) citou Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto, Prêmio Nobel da Paz de 1986 e um dos maiores estudiosos do tema, e sua advertência: ”Esquecer os mortos é o mesmo que matá-los pela segunda vez”. “Evocamos Wiesel porque agora estamos diante de mais uma ação maniqueísta do governo do presidente Lula: retirar o país da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). Esse é um ato que apaga a memória e ressoa dolorosamente com o alerta de Wiesel”, diz a nota da FIERJ.

A Sinagoga Isaac Benesby, associada à Sociedade Israelita de Rondônia, manifestou repúdio à decisão do governo, destacando que a definição de antissemitismo da IHRA é uma ferramenta essencial no combate ao antissemitismo e à negação do Holocausto.

A Sociedade Israelita da Bahia afirmou que recebe “com profunda decepção e preocupação a notícia da retirada do Brasil da Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA)”. “Lamentamos profundamente que o combate ao antissemitismo esteja sendo relativizado por interesses momentâneos e conjunturas políticas externas. A memória das vítimas do Holocausto e o compromisso com os direitos humanos não podem ser reduzidos a decisões de curto prazo”.


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