05.08.25 | Brasil
Barroso pede que Brasil permaneça na IHRA
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, intercedeu junto ao governo para mostrar que a decisão de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) é prejudicial ao país. Segundo um interlocutor, Barroso argumentou que a decisão aumenta a onda de antissemitismo no Brasil e no mundo, desagrada a comunidade judaica e não acrescenta nada ao país.
O Brasil atuava como membro observador da IHRA desde 2021.
A IHRA foi criada em 1998 para fortalecer, avançar e promover o ensino, a memória e a pesquisa sobre o Holocausto em todo o mundo e, com isso, busca contribuir para o combate ao antissemitismo e ao discurso de ódio.
De acordo com a definição da IHRA, “o antissemitismo é uma determinada percepção dos judeus, que se pode expressar como ódio em relação aos judeus”. “Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientadas contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra os seus bens, contra as instituições comunitárias e as instalações religiosas judaicas”. Negar a existência do Holocausto, fazer denúncias mentirosas e estereotipadas sobre os judeus, considerar os judeus coletivamente responsáveis pelas ações do Estado de Israel são alguns dos exemplos práticos do documento.