O Memorial do Holocausto de São Paulo, no Bom Retiro, região central da cidade, vai receber o “Espaço Anne Frank e o anexo secreto”. O projeto é uma recriação do ambiente onde viveram escondidas em Amsterdã durante a Segunda Guerra a jovem judia Anne Frank e sua família.

Com inauguração prevista para janeiro do próximo ano, a capital paulista será a segunda cidade do mundo a recriar o ambiente — a primeira foi Nova York, no início deste ano, com a mostra “Anne Frank: the exhibition” no Center for Jewish History, de acordo com matéria em O Globo desta quarta (13).

O projeto, com 900 metros quadrados, já recebeu autorização da Fundação Anne Frank, órgão sediado em Amsterdã que administra o museu que preserva o Anexo Secreto, local onde a família Frank e outros quatro judeus passaram dois anos escondidos para escapar da perseguição nazista.

A fim de aproximar a história de Anne das novas gerações, o espaço terá projeções holográficas e recursos tecnológicos que permitirão ao público compreender melhor o cotidiano da família Frank e dos demais moradores do Anexo.

Em visita ao Memorial na terça-feira (12), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que a iniciativa é muito importante “até porque a cidade de São Paulo recebeu muitos judeus no passado”. “O Memorial do Holocausto faz um trabalho fundamental para o conhecimento real da história, do genocídio que houve, das ações que repudiamos firmemente. Será um espaço de visitação que trará para todos a conscientização daquilo que não deve nunca ser repetido”, pontuou o prefeito, ao destacar que o “Espaço Anne Frank” integrará o circuito de museus da capital e terá programação de visitas para as escolas municipais.

De acordo com a Prefeitura, o investimento total para a criação do espaço foi de R$ 26 milhões. Deste valor, R$ 2 milhões foram de aporte da gestão municipal.

Com entrada gratuita, o Memorial do Holocausto está localizado na primeira sinagoga do estado, próximo às estações Luz (linhas 1-Azul e 4-Amarela) e Tiradentes (1-Azul) do metrô.