02.09.25 | Mundo
Historiador contesta versões de genocídio em Gaza
O historiador Jeffrey Herf, professor emérito da Universidade de Maryland, contesta as acusações de que Israel está cometendo genocídio em Gaza e afirma que a intenção israelense é derrotar o Hamas, não exterminar a população civil. Herf critica as acusações de genocídio, afirmando que essas afirmações fazem parte da guerra política do Hamas.
Em matéria no jornal O Globo desta segunda (1º), Herf argumenta que a campanha militar de Israel visa desmantelar uma organização terrorista que controla Gaza desde 2007. Segundo ele, as ações de Israel são uma resposta a um inimigo que utiliza táticas de combate em áreas civis, como hospitais e escolas, o que inevitavelmente resulta em baixas civis. O historiador destaca que, se Israel realmente tivesse a intenção de cometer genocídio, não teria enviado alertas à população para evacuar áreas de combate.
Herf atribui a responsabilidade pelo sofrimento da população de Gaza ao Hamas. Ele ressalta que a estratégia militar do grupo, que utiliza civis como escudos, obriga Israel a escolher entre a derrota ou a continuidade da guerra.
Ele defende que a solução para a situação em Gaza passa pela derrota do Hamas e pela construção de uma nova autoridade política que não apoie o grupo terrorista.
Ele afirma que, para derrotar o Hamas, Israel precisa enfrentar um inimigo que construiu o maior sistema de túneis conhecido na história militar moderna, projetado para proteger seus combatentes enquanto deixava os civis indefesos. Como o Hamas combate a partir de hospitais, escolas, mesquitas, apartamentos, e como o sistema de túneis foi construído sob essas estruturas, é impossível derrotar o Hamas, vencer essa guerra, sem provocar baixas civis. O cinismo e a crueldade da estratégia militar do Hamas obrigam Israel a escolher entre admitir a derrota e permitir que o Hamas sobreviva, ou travar uma guerra para derrotá-lo, ao custo de vidas civis perdidas, diz ele.