04.09.25 | Brasil
Em Curitiba, sobrevivente do ataque do Hamas fala sobre a importância da resiliência
Entre os dias 27 e 30 de agosto, Rafael Zimerman, sobrevivente do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, esteve em Curitiba para uma série de encontros com estudantes, lideranças comunitárias e religiosas.
Durante sua passagem pela capital paranaense, participou de rodas de conversas e palestras em escolas e faculdades, levando seu relato pessoal sobre o atentado no Festival Nova, em Israel, e promovendo reflexões sobre empatia, resiliência e o compromisso com a paz.
Na quinta-feira (28/8), em um evento realizado na sede da Comunidade Israelita do Paraná com a presença de autoridades municipais, estaduais e religiosas, Zimerman palestrou sobre os acontecimentos de 7 de outubro, conduzindo um diálogo voltado ao combate ao antissemitismo e todas as formas de preconceito.
"Não sinto ódio, nem raiva", disse o sobrevivente, ao trazer uma mensagem de tolerância. Ele também incentivou as pessoas a falarem sobre seus traumas e dores. "Façam algo que lhes ajuda psicologicamente. Coloquem para fora suas dores. Falem!", aconselhou.
Zimerman destacou ainda a resiliência dos judeus e a capacidade de seguir em frente mesmo após o trauma do 7 de outubro. "O povo judeu também é sobre dança, alegria e resiliência e é isso que eu sou", concluiu.
Na ocasião, Fernando Brodeschi, vice-presidente da Federação Israelita do Paraná (FEIP), discursou em nome da entidade, destacando a união da comunidade, mesmo diante de constantes ataques. “Como lembramos a cada ano da crueldade nazista que vitimou 6 milhões, jamais esqueceremos o 7 de outubro. Choramos e dançamos juntos, e vamos parar de nos esconder”, disse. Ao final, Brodeschi agradeceu a presença de Rafael, reconhecendo o impacto otimista de sua mensagem.
Ainda no evento, Carina Grinbaum, presidente da Mantenedora da Escola Israelita Brasileira Salomão Guelmann, ressaltou a força histórica da comunidade judaica. “O povo judeu tem a capacidade de se reinventar, se reerguer, transformar luta em vida. Essas histórias parecem memórias de nossos avós, mas são contadas por jovens da nossa geração. Todo judeu é responsável pelo outro. Não vamos deixar ninguém para trás", concluiu.