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03.11.25 | Mundo

Yad Vashem anuncia que já foram identificados 5 milhões dos 6 milhões de judeus mortos no Holocausto

Pesquisadores do Yad Vashem, o Centro Mundial de Memória do Holocausto em Jerusalém, anunciaram nesta segunda (3) que, com a ajuda da inteligência artificial (IA), já foram identificados cinco milhões dos mais de seis milhões de judeus mortos no Holocausto, segundo noticiou a Agência Reuters.

O anúncio é resultado de sete décadas de trabalho e o Yad Vashem afirma que mais nomes ainda poderão ser recuperados.

A identidade de cerca de um milhão de vítimas judias ainda são desconhecidas "e muitas provavelmente permanecerão assim para sempre", afirmou o Yad Vashem. No entanto, com a ajuda da IA os pesquisadores do Yad Vashem acreditam que ainda poderão identificar 250.000 nomes analisando centenas de milhões de documentos.

O presidente do Yad Vashem, Dani Dayan, disse que atingir o marco de cinco milhões de nomes identificados é uma obrigação, ainda que inacabada. "Por trás de cada nome há uma vida que foi importante -- uma criança que nunca cresceu, um pai que nunca voltou para casa, uma voz que foi silenciada para sempre", disse Dayan. "É nosso dever moral garantir que cada vítima seja lembrada para que ninguém seja deixado para trás na escuridão do anonimato."

Em maio de 2024, o Yad Vashem informou que havia desenvolvido seu próprio software alimentado por IA para analisar pilhas de registros e tentar identificar centenas de milhares de judeus mortos no Holocausto cujos nomes não constam dos memoriais oficiais.

Na época, a entidade havia rastreado informações sobre 4,9 milhões de pessoas cruzando depoimentos e documentos, verificando filmagens, cemitérios e outros registros.

Os nomes das vítimas do Holocausto, bem como os arquivos pessoais que contam sobre a vida de muitas delas, são compilados em um banco de dados online do Yad Vashem em seis idiomas. Esse banco de dados ajudou inúmeras famílias a localizarem parentes perdidos. "Os nazistas tinham como objetivo não apenas assassinar os judeus, mas também apagar sua existência. E ao identificar cinco milhões de nomes, estamos restaurando suas identidades e assegurando que sua memória perdure", disse Alexander Avram, diretor do banco de dados do Yad Vashem.


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