Em entrevista ao programa Fisesp Debate Podcast, do qual também participou o presidente da Federação, Marcos Knobel, o presidente da CONIB, Claudio Lottenberg falou sobre o seu trabalho comunitário, sua atuação na Confederação Israelita do Brasil (CONIB) e no Hospital Israelita Albert Einstein, as parcerias publico-privadas que criou nessa instituição e as relações com órgãos governamentais.

“Eu cresci vendo meu pai atuar de maneira paralela a sua atividade profissional e se dedicar à comunidade judaica. Era como alguém ser educado em duas línguas. Eu nunca me enxerguei atuando apenas na minha profissão. Então, desde pequeno eu aceitei desafios: participei de grupos juvenis, fui lobinho da Avanhandava, cheguei a ser escoteiro, frequentei a Universidade Hebraica de Jerusalém, onde fiz um aprimoramento de estudos, fui diretor de juventude da Hebraica durante muitos anos – talvez eu tenha sido o conselheiro mais jovem do clube – e depois surgiram as oportunidades que hoje são praticamente aquelas que me regulam. Fui conselheiro da federação e depois presidente do Conselho da federação durante um período. Depois fui convidado a participar do hospital (Albert Einstein), onde talvez tenha sido a contribuição mais marcante num período mais longo. Fui vice-presidente do hospital durante seis anos, fui presidente durante 15 anos e hoje presido o Conselho dessa instituição e, assim, participo, junto com Marcos Knobel, da liderança do nosso hospital”.

“Na CONIB estou há muitos anos. Hoje estou no terceiro mandato e participo também do Congresso Judaico Latino-Americano (CJL). Tenho muito orgulho disso, porque acho que a mensagem que queremos passar é aquela que traduz o nosso compromisso, enquanto judeus, de poder atuar no judaísmo e pelo judaísmo, não necessariamente na vertente da religião, porque o entendimento religioso é multifacetado: temos judeus mais ou menos ortodoxos. A identidade judaica é muito mais ampla: ela tem um papel maior, dentro de uma responsabilidade em relação ao Estado de Israel, na preservação de valores, na questão da educação. Me sinto privilegiado de poder fazer isso pela comunidade e pela minha família”.

Claudio Lottenberg falou ainda sobre a sua atuação no Hospital Israelita Albert Einstein e os avanços que levaram essa instituição a se tornar referência na América Latina e no mundo. “Lá eu tive a oportunidade de expandir algumas ações sociais que já tínhamos”. “Aqueles que me precederam acabaram criando as bases para que eu pudesse dar continuidade e expandir muitos programas”, destacou. Falou ainda sobre “a cereja do bolo” do hospital, a faculdade de medicina que hoje conta com 45 mil alunos, e o “resgate” do Residencial Israelita Albert Einstein, antigo Lar Golda Meir. Assista a entrevista.