06.05.24 | Mundo
Pesquisadores do Holocausto recorrem à IA para identificar vítimas do nazismo
Pesquisadores do Holocausto estão recorrendo à Inteligência Artificial para identificar vítimas cujos nomes não constam de registros oficiais, de acordo com matéria da agência Reuters no site da Folha de S.Paulo. Mais de seis milhões de judeus foram assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, um genocídio lembrado em todo mundo nesta segunda-feira (6), no Yom HaShoah, ou Dia da Lembrança do Holocausto.
Uma equipe, do Centro Mundial de Memória do Holocausto do Yad Vashem, em Jerusalém, está trabalhando para identificar vítimas conhecidas e desconhecidas através de um software alimentado por IA. O sistema foi desenvolvido para examinar registros em inglês, hebraico, alemão, russo e outros idiomas e está em fase de testes.
De acordo com a notícia, ao longo dos anos, os voluntários já rastrearam informações sobre 4,9 milhões de pessoas através de depoimentos e documentos - filmagens, registros em cemitérios e outros.
"É muito difícil para um ser humano fazer isso - apenas revisar tudo e não perder nenhum detalhe", disse Esther Fuxbrumer, chefe de desenvolvimento de software do centro, à agência de notícias Reuters.
Segundo ela, há enormes lacunas nos 9 milhões de registros existentes. “Os nazistas simplesmente pegavam as pessoas, atiravam nelas e as cobriam em um buraco. Não sobrou ninguém para contar sobre elas", disse Fuxbrumer. Ela afirmou que 1.500 novos nomes foram adicionados e muitos outros deverão ser incluídos nas próximas semanas, quando o sistema for usado em todos os 30 mil testemunhos. A próxima fase do teste abrangerá os diários. "Acreditamos que dessa forma conseguiremos trazer muitas histórias sobre muitas vítimas que foram mortas, crianças pequenas que ninguém mais conhecia, para nos contar a história do que aconteceu com elas".