24.07.24 | Mundo
Em ato pelo 30º aniversário do ataque à AMIA, presidentes latino-americanos condenam o terrorismo e o antissemitismo
Reunidos no Congresso argentino em ato pelo 30º aniversário do ataque à AMIA, os presidentes da Argentina, Javier Milei, do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, e do Paraguai, Santiago Peña, condenaram o terrorismo e o antissemitismo.
“Não faz falta conhecer o bem, faz falta fazer o bem”. “Quando se dá as costas ao bem, seja por omissão ou conveniência, se está elegendo fazer o mal”, disse o presidente Javier Milei ao condenar grupos terroristas como o Hezbollah e Hamas. O Hezbollah é apontado como o responsável pelos atentados à AMIA, em 1994, e à embaixada de Israel, em 1992, em Buenos Aires.
Os presidentes Luis Alberto Lacalle Pou e Santiago Peña também condenaram os mentores e os executores dos atentados, bem como o ataque de 7 de outubro do Hamas a Israel. “Passaram-se 30 anos (do atentado à AMIA) e é importante seguir trabalhando para que algo do gênero não se repita!”, afirmaram.
Os mandatários foram homenageados pelo Congresso Judaico Mundial e pelo Congresso Judaico Latino-Americano com o plantio de 18 árvores em um bosque de Israel.
O presidente norte-americano, Joe Biden, e o Papa Francisco enviaram mensagens pela ocasião:
“A memória pode nos guiar, ela nos ensina a recordar, não somente olhar para trás, mas para um futuro onde não caibam esses repudiáveis atos de violência. A memória nos impulsiona a ter em nossas mentes e corações os 85 irmãos que perdemos naquele 18 de julho de 1994”, expressou o papa na mensagem, ao destacar: “O respeito a toda vida humana e a dignidade devem prevalecer sobre o ódio. Esta é a base sobre a qual edificamos o bem comum, não somente para honrar aos que perdemos, mas para proteger as gerações futuras”, concluiu.
O presidente Joe Biden também condenou o terrorismo e o antissemitismo, “que já ceifou muitas vidas ao longo da história”.
O evento no Congresso argentino terminou com o acendimento de velas em memória das 85 vítimas fatais do atentado à AMIA e dos que morreram no ataque do Hamas, em 7 de outubro. Essa parte da cerimônia coube ao presidente do Congresso Judaico Latino-Americano (CJL), Jack Terpins, e ao ministro israelense dos Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli.
Também discursaram no evento o governador de Buenos Aires, Jorge Macri, o presidente do Conselho de Política do Congressos Judaico Mundial, Robert Goot, e presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, Ben Cardín.
“A presença de mandatários, políticos e representantes de comunidades judaicas de todo o mundo demonstraram a importância de se condenar o terrorismo e ficar atento à segurança de nossas entidades e de membros das comunidades. Foi essencial discutirmos a questão da segurança e prevenção para que não ocorram outros ataques terroristas como os que ocorreram na Embaixada de Israel e na AMIA, na Argentina, e o terrível 7 de outubro”, disse Terpins. “Render homenagem e manter viva a memória dessas vítimas mostra nosso respeito e atenção ao futuro!”
Pelo Brasil, participaram o presidente do CJL Jack Terpins; o presidente da Conib Claudio Lottenberg; o Comissário da OEA para Monitoramento e Combate ao Antissemitismo, Fernando Lottenberg; o presidente executivo da Fisesp, Ricardo Berkiensztat; a diretora e embaixadora da CONIB, respectivamente, Marcia Borger e Denise Antão,; a assessora de comunicação do CJL Silvia Perlov, o diretor executivo da CONIB Sergio Napchan; o presidente do Instituto Weizmann, Mario Fleck, e os deputados Fernando Máximo e Jefferson Campos.