Em entrevista à Jovem Pan News, Alexandre Ostrowiecki, especialista em política do Oriente Médio, falou sobre a decisão do Líbano de acusar Israel na ONU de terrorismo pelo caso dos aparelhos com explosivos. “A lei internacional é muito clara, embora cada um tenha uma forma de interpretá-la. Mas uma definição oficial internacional define terrorismo como um tripé: tem que ser uma ação deliberada - um acidente, por exemplo, não é considerado terrorismo; em segundo lugar tem que ser uma ação contra civis e não contra combatentes; e em terceiro lugar tem que ser uma ação com propósitos políticos. Se houver uma explosão numa usina, por exemplo, isso não é considerado terrorismo. Mesmo um ataque a um civil, sem um propósito político não é considerado terrorismo. Então essa ação com aparelhos explosivos, que certamente foi planejada e executada por Israel, mirou combatentes do Hezbollah. Foram aparelhos comprados pelo Hezbollah e entregues a militantes do grupo, portanto não se trata de ato terrorista. Você pode não gostar dessa ação, mas não se pode chamá-la de terrorismo. Terrorismo é o que o Hezbollah faz, quando lança mísseis indiscriminadamente contra a população civil israelense. Isso é feito de forma deliberada e mirando em civis, como a recente ação em que foram mortas 12 crianças num campo de futebol em Israel. Essa ação teve o objetivo político de destruir o Estado de Israel. Isso sim é terrorismo tecnicamente”, destacou.

Assista a íntegra da entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=AJEHs42HSXY