24.09.24 | Mundo
“Se Israel não tivesse agido no Líbano, o próximo 7 de outubro poderia vir do norte do país”, diz porta-voz das IDFs
Em declarações publicadas nesta terça na Folha de S.Paulo, em matéria de Igor Gielow, o major Rafael Rozenshein, um dos porta-vozes das IDFs (Forças de Defesa de Israel) disse que a paciência com o Hezbollah acabou. “Passamos 11 meses atacando de forma cirúrgica, para ver se o Hezbollah entendia o recado", disse ele, ao lembrar que em 8 de outubro o grupo libanês disparou os primeiros foguetes contra Israel em apoio aos terroristas do Hamas.
"Se não atacássemos o Hezbollah agora, o próximo 7 de Outubro seria no norte de Israel", disse ele sobre as ações que atingiram boa parte da cúpula da Força Radwan, unidade de elite do Hezbollah que tinha como missão planejar a infiltração e a ocupação da região da Alta Galileia.
"Sabemos que algo grande estava para acontecer, mas não os detalhes. Mas o objetivo da Força Radwan é público", disse Rozenshein.
Ele não comentou a recente ação com pagers e walkie-talkies que carregavam explosivos, mas adiantou que a prioridade no norte de Israel inclui a destruição das capacidades de lançamento de mísseis do Hezbollah e de sua infraestrutura no sul libanês. Além disso, as IDFs querem tirar o grupo da região.
E, diante da pergunta sobre se o grupo cumprisse a resolução 1701 da ONU e deixasse o sul do Líbano sob o comando de uma força de paz e para o Exército regular libanês, Israel se daria por satisfeito, ele respondeu: "A 1701 não teve sucesso", dando a entender que talvez o tempo para tal recuo tenha passado.