09.10.24 | Mundo
“O peso do 7 de Outubro em Israel”
Artigo do jornalista Henry Galsky, do site Israel de Fato, com o qual a CONIB tem parceria, aborda as homenagens realizadas em Israel para marcar um ano dos ataques terroristas. Segue o texto:
Foram diversos atos distribuídos por pontos diferentes de Israel. Um dia de memória, luto, luta e tristeza. O evento oficial do governo de Israel foi gravado com antecedência. As famílias dos reféns sequestrados pelo Hamas organizaram atos paralelos – a maior parte deles no Parque Yarkon, em Tel Aviv.
A expectativa era de que 50 mil pessoas estivessem presentes. Mas o país continua em guerra e, por decisão do Comando da Frente Interna do Exército, o público foi limitado a dois mil pessoas. O evento foi transmitido ao vivo pelos canais da TV israelenses e por outros 50 canais estrangeiros. Houve pontos de transmissão que reuniram o público em mais de 150 cidades de Israel e de outros países.
O evento contou com a participação de alguns dos principais artistas locais, como Aviv Gefen, Agam Buhbut, Eden Hasson, Ran Danker e Shlomo Artzi. O Israel de Fato esteve presente na cobertura ao vivo do ato assim como outros cem veículos de imprensa internacional e local. Pouco antes do início da cerimônia, uma sirene soou em Tel Aviv. Não foi uma homenagem - como ocorreu às 6h29 daquele dia no mesmo horário em que um ano antes o Hamas iniciou os ataques -, mas sim um míssil balístico disparado pelos houthis, do Iêmen, em direção a Tel Aviv. Israel enfrenta uma guerra simultânea em sete frentes distintas.
No palco, montado no Parque Yarkon, foi feito um minuto de silêncio e recitado o kadish, oração tradicional judaica. O local, que já recebeu a apresentação de muitos shows em outras graças, desta vez foi palco, por mais de duas horas, de músicas tristes, pedidos de união, lembranças e cobranças de responsabilidade daqueles que falharam antes e durante o 7 de Outubro.
Foi uma apresentação de canções que terminaram em silêncio do público. Os aplausos foram para os que contaram suas histórias no palco, lembrando seus filhos, maridos, irmãos, mães, irmãs, amigos e amigas assassinadas. Algumas pessoas não aguentaram a emoção e passaram mal, tendo que ser retiradas do local pelos organizadores.
O evento terminou com a execução do hino nacional de Israel, o Hatikva, cantado entre choros e soluços.