21.10.24 | Notícias

Professor da Universidade de Columbia, nos EUA, é barrado devido à militância pró-Israel

A Universidade de Columbia proibiu temporariamente a entrada de um professor pró-Israel no campus, alegando que ele assediou e intimidou repetidamente os funcionários da instituição. Segundo reportagem do The New York Times, publicada pela Folha de S. Paulo, Shai Davidai, professor assistente da escola de administração, tem sido uma presença polarizadora no campus desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas liderou um ataque a Israel que transformou a Faixa de Gaza em um campo de batalha.

Nos últimos dias, Davidai usou sua conta na plataforma social X, que tem mais de 100 mil seguidores, para acusar vários grupos de estudantes de apoiar o terrorismo. Na semana passada, no aniversário do ataque do Hamas a Israel, Davidai postou vídeos de si mesmo seguindo Cas Holloway, diretor de operações da universidade, por vários minutos com uma câmera e fazendo perguntas sobre por que os protestos pró-palestinos foram permitidos no campus naquele dia.

"Como você permitiu que isso acontecesse em 7 de outubro?", Davidai pergunta no vídeo, em meio a um cenário movimentado de palavras de ordem pró-Palestina. 

Columbia, assim como muitas universidades, tem sofrido intensa pressão no último ano por parte de estudantes, ex-alunos e doadores pró-Israel para restringir o ativismo pró-palestino, que, segundo eles, tem se desviado para o antissemitismo.

Em um comunicado na noite de terça-feira, a universidade disse que respeitava o direito de Davidai à liberdade de expressão e que não o estava limitando. A universidade disse que o docente havia "repetidamente assediado e intimidado funcionários da universidade em violação à política da instituição" e que limitaria temporariamente seu acesso ao campus.

A declaração não especificou exatamente qual comportamento levou à decisão, mas as autoridades da universidade disseram que o comportamento de Davidai com os funcionários no aniversário do ataque foi a causa.

A restrição temporária do campus não afeta o emprego ou o salário do professor. Davidai, que não estava lecionando neste semestre, pode continuar a orientar alunos academicamente e a realizar pesquisas, disseram as autoridades da universidade. Ele poderá retornar depois de "realizar o treinamento adequado sobre nossas políticas que regem o comportamento de nossos funcionários", disse o comunicado.

Ele acusou a universidade de não fazer o suficiente para reprimir os protestos pró-Palestina, que, segundo ele, são amplamente antissemitas e apoiam o terrorismo. Ele frequentemente faz vídeos de estudantes ativistas e administradores e os publica nas redes sociais —ações que, segundo seus críticos, ultrapassam os limites da civilidade e da política.


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