06.12.24 | Mundo

Justiça argentina decide julgar Cristina Kirchner por acobertar iranianos envolvidos no ataque à AMIA

A Suprema Corte da Argentina decidiu nesta quinta-feira (5) julgar a ex-presidente Cristina Kirchner sob a acusação de proteger iranianos responsáveis pelo atentado contra a organização judaica AMIA em Buenos Aires, em 1994, que matou 85 pessoas e feriu centenas, segundo noticiou a Folha de S.Paulo.

Cristina Kirchner já vinha sendo investigada pelo acordo que fez com o Irã, em 2013, em que se comprometia a proteger iranianos envolvidos no atentado à AMIA, em troca de favorecimentos comerciais à Argentina.

O promotor Alberto Nisman, que investigou o caso, estava prestes a denunciar a ex-presidente no Congresso, quando foi assassinado com um tiro na cabeça, num episódio que chocou o país.

Em decisão considerada “histórica” pela comunidade judaica, a justiça argentina determinou, em abril, que os atentados contra a AMIA e contra a embaixada de Israel em 1992, este último com um saldo de 29 mortos, foram ordenados pelo Irã.

Quando o caso foi reaberto em 2023, os juízes disseram que a acusação de acobertamento extrapolava a assinatura de um memorando entre o governo argentino e o Irã, proposto por Cristina e aprovado pelo Congresso. Esse documento previa que os suspeitos do atentado contra a Amia fossem interrogados no Irã e não na Argentina.

A Corte Suprema confirmou o arquivamento de outro caso contra a ex-presidente, que investigava a suposta venda de dólar por parte do Banco Central argentino a um valor inferior ao oferecido no mercado, durante o último governo de Cristina, pois o considerou uma questão de política de Estado que não poderia ser judicializada.


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