A polícia australiana informou na segunda-feira (9) que está à procura de três suspeitos de terem provocado um incêndio em uma sinagoga de Melbourne, que as autoridades atribuem a ato terrorista. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, visitou o local nesta terça-feira (10), prometeu ajudar na reconstrução da sinagoga e anunciou a criação de uma unidade policial para enfrentar o antissemitismo no país.

O ataque à Sinagoga Adass Israel ocorreu na madrugada de sexta-feira (6). O incêndio não causou vítimas, mas destruiu grande parte do local e gerou indignação e apreensão na comunidade judaica.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, atribuiu o episódio a sentimentos "anti-israelenses" dentro do governo australiano de centro-esquerda.

A polícia tem "três suspeitos no caso, que estamos perseguindo", declarou o comissário Shane Patton, chefe de polícia do estado de Victoria.

Relatório recém divulgado pelo Conselho Executivo do Judaísmo Australiano (ECAJ) revela que ataques contra judeus na Austrália mais que quadruplicaram no último ano, alcançando 2.062 incidentes entre outubro de 2023 e setembro de 2024. O número representa um aumento expressivo em relação aos 495 casos registrados no período anterior.