O Tribunal Distrital de Tel Aviv começou a julgar nesta terça-feira (10) o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por suposto envolvimento em casos de corrupção. Ele é acusado de suborno, fraude e quebra de confiança e, em um dos casos, de ter beneficiado uma empresa de comunicação em troca de uma cobertura favorável de seu governo.

Ele é acusado de autorizar decisões regulatórias que beneficiaram financeiramente o acionista majoritário da gigante das telecomunicações Bezeq, Shaul Elovitch, em centenas de milhões de shekels. Em troca, ele recebera cobertura positiva da mídia, especialmente no site de notícias Walla, de propeidade de Elovitch.

Em seu primeiro depoimento ele considerou as acusações “simplesmente ridículas”, segundo noticiou o site Times of Israel. Mas admitiu, contudo, que, durante seu mandato como primeiro-ministro conversou com diferentes empresários em um esforço para mudar o que ele descreveu como o mercado de mídia israelense "monolítico", que, segundo afirmou, reflete apenas a opinião do ponto de vista político da esquerda no país.

Ele admite ter tentado melhorar a cobertura que vinha recebendo da imprensa, mas nega que tenha feito um acordo com Elovitch.

Um grupo de ministros e legisladores compareceram no tribunal em apoio a Netanyahu, enquanto parentes de reféns mantidos na Faixa de Gaza se reuniam do lado de fora para protestar contra a falta de um acordo para a libertação dos que continuam em cativeiro.

Nas próximas semanas, Netanyahu irá depor toda segunda, terça e quarta, com sessões judiciais programadas até o final do mês de dezembro.