02.01.25 | Mundo
Agnes Keleti, medalhista olímpica e sobrevivente do nazismo, morre na Hungria aos 103 anos
Medalhista olímpica mais velha do mundo, a ex-ginasta Agnes Keleti morreu nesta quinta-feira (2), em Budapeste, na Hungria, aos 103 anos.
De acordo com o portal UOL, ela estava internada desde o final de dezembro, com insuficiência cardíaca e dificuldades respiratórias, segundo o Comitê Olímpico Húngaro.
A ex-ginasta conquistou 10 medalhas olímpicas: cinco ouros, três pratas e dois bronzes. Uma das medalhas douradas veio aos 35 anos, o que tornou Agnes a mais velha a ser campeã na modalidade nas Olimpíadas.
Nascida em 9 de janeiro de 1921, em Budapeste, Hungria, Agnes começou a carreira na ginástica por volta de 1937 e se tornou membro da seleção húngara em 1939. Com a invasão alemã da Hungria em 1944, ela usou pseudônimos para fugir da perseguição nazista. Familiares, porém, morreram no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
A primeira participação olímpica de Agnes seria em 1948, mas a atleta sofreu uma lesão no tornozelo às vésperas das Olimpíadas de Londres e ficou de fora da competição.
O melhor estava guardado para Helsinque, em 1952. Aos 30 anos, ela conquistou o ouro no solo e ainda somou uma prata e dois bronzes nas competições.
O desempenho melhorou mais ainda em Melbourne, em 1956. Agnes conquistou quatro ouros e duas pratas, já aos 35 anos.
Agnes se estabeleceu em Israel após as Olimpíadas de Melbourne e se casou com um húngaro, com quem teve dois filhos. A ex-ginasta passou a atuar como professora de educação física e treinou a seleção israelense de ginástica.