Em evento organizado pela comunidade judaica, em Frankfurt, por ocasião da proximidade do aniversário da libertação do campo de extermínio em Auschwitz, em 27 de janeiro, o chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou para a “normalização aterrorizante e alarmante” do “antissemitismo, do extremismo de direita e das ideias nacionalistas”. “O que vemos atualmente no antissemitismo, no extremismo de direita e nas ideias nacionalistas é uma normalização assustadora e alarmante em muitos lugares”, disse Scholz, segundo noticiou a agência de notícias EFE.

O chanceler citou a internet e as redes sociais como “espaços recorrentes que servem de terreno fértil para a divulgação de posições extremistas e de incitamento ao ódio e que muitas vezes não se restringe à internet”. Particularmente para os judeus, “essa é uma realidade real”, destacou.
“É por isso que recorremos às leis contra aqueles que apoiam o terrorismo e incentivam o antissemitismo”. Scholz disse ainda que a Alemanha já deixou clara a sua posição contra o antissemitismo, inclusive para os requerentes de cidadania alemã.

Scholz também se referiu ao Holocausto - o assassinato de 6 milhões de judeus e de outras minorias sob o regime nazista - como um “colapso da civilização”.

O dia 27 de janeiro, Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, marca o 80º aniversário da libertação do campo de extermínio em Auschwitz (Polónia), onde os historiadores estimam que mais de um milhão e meio de pessoas foram assassinadas durante a Segunda Guerra. Dessas, 90% eram judeus.