O cessar-fogo em Gaza e a libertação imediata de todos os reféns foram os temas principais do encontro, nesta terça-feira (4), entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente Donald Trump, na Casa Branca. A trégua começou em 19 de janeiro. Trump e Netanyahu discutiram os termos da segunda fase do acordo.
Netanyahu é o primeiro líder estrangeiro recebido por Donald Trump desde que tomou posse em seu segundo mandato. A visita deixou clara a prioridade mais imediata da política externa do novo governo americano: o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas em Gaza.
Pouco antes, o Hamas declarou que mediadores voltaram à mesa de negociações. Representantes do governo americano confirmaram a informação. A previsão é de que a primeira fase do acordo dure seis semanas, até o início de março. Até agora, o Hamas libertou 18 dos 33 reféns previstos para serem libertados na primeira fase do acordo. Em troca, Israel soltou quase 600 prisioneiros palestinos e retirou tropas de áreas de Gaza.
A fase dois, que começou a ser negociada, prevê a libertação dos reféns restantes, que são homens e militares. Também determina a retirada total das tropas israelenses e o fim permanente dos confrontos.
Antes do encontro com Netanyahu, Trump assinou um decreto que mantém a suspensão de financiamento para a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos. O repasse de recursos já estava suspenso. Em janeiro de 2024, o governo Joe Biden congelou a verba para a agência por causa da suspeita de envolvimento de funcionários nos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023. Uma investigação da própria ONU confirmou as suspeitas e levou à demissão de nove funcionários.
Reféns libertadas
Quatro soldadas israelenses recém-libertadas do cativeiro em Gaza voltaram para suas casas nesta quarta-feira, após deixarem o hospital, onde foram submetidas a exames médicos. Liri Albag, Naama Levy, Daniella Gilboa e Karina Ariev foram tratadas no Hospital Beilinson, em Petah Tikva, para onde foram levadas desde que foram libertadas, em 26 de janeiro, durante a segunda troca de reféns e prisioneiros, como parte do atual acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
