18.02.25 | Mundo
“É urgente a libertação dos que estão em cativeiro em Gaza, reféns não podem esperar mais”, alerta recém libertado
“Eu estava lá. Eu estava nos túneis do Hamas. Meu corpo suportou esse cativeiro, e eu digo a vocês que os reféns não podem esperar mais”, disse Iair Horn, recém libertado do cativeiro, em mensagem de vídeo exibido para uma multidão de cerca de 2.000 pessoas reunidas na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, em evento realizado na segunda (17) para marcar os 500 dias do ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 em que 1.200 pessoas foram mortas e 251 feitas reféns pelo Hamas, segundo noticiou o Times of Israel.
Reunidos no final de um jejum de 500 minutos convocado para marcar os 500 dias dos que continuam em cativeiro, ativistas e parentes de reféns pediram ao governo israelense que intensifique os esforços para libertar as 73 pessoas que continuam retidas em Gaza.
Horn foi libertado no sábado junto com Sagui Dekel-Chen e Sasha Troufanov como parte de um acordo de cessar-fogo em Gaza. Todos os três foram sequestrados no Kibutz Nir Oz durante o ataque terrorista ao sul de Israel. O irmão de Iair Horn, Eitan Horn, também foi sequestrado e continua em cativeiro. “Tragam meu irmão e todos os reféns de volta”, disse ele na mensagem.
Horn conta que, dos 484 dias em que esteve em Gaza, ficou sozinho por seis meses, “faminto, deitado em um colchão no chão num quarto muito pequeno”. A única comida que recebeu foi pão pita mofado ou queimado, “impróprio para consumo humano”.
Autoridades israelenses confirmaram nesta terça (18) que o Hamas vai libertar seis reféns vivos no sábado (22) e quatro corpos nesta quinta-feira (20). Acredita-se que os seis sejam os últimos reféns vivos da lista da fase 1.
Israel já iniciou as negociações para a segunda fase do acordo. Uma delegação israelense viajou para o Cairo na segunda-feira (17) para retomar as negociações. A equipe israelense, liderada pelo coordenador de assuntos de reféns Gal Hirsh e o diretor do Mossad, David Barnea, se reuniu com o chefe de inteligência egípcio, Hassan Rashad, para definir as bases do novo acordo, segundo noticiou a imprensa.