Com muita comoção, carregando balões laranja e bandeiras nacionais, milhares de israelenses se alinharam nas ruas do centro e sul de Israel nesta quarta-feira (26) para acompanhar o cortejo fúnebre de Shiri Bibas e de seus filhos pequenos, Ariel e Kfir, tomados como reféns pelo Hamas e levados para Gaza, onde foram brutalmente assassinados.

Israelenses acompanharam o cortejo em toda a rota de mais de 60 quilômetros da cidade de Rishon LeZion, passando por Yavne, Ashdod e Ashkelon até chegar à comunidade de Tsoher, no sul, onde foram enterrados.

Na cerimônia de sepultamento, Yarden Bibas, o marido de Shiri e pai dos dois meninos, pediu desculpas à esposa e aos filhos por não ter conseguido protegê-los e força à Deus “para não sucumbir na escuridão”, segundo noticiou o Times of Israel. Yarden, que também foi feito refém, foi libertado no início deste mês como parte de um acordo de cessar-fogo com o Hamas.

Ariel tinha quatro anos e kfir nove meses quando foram levados de sua casa junto com sua mãe no Kibutz Nir Oz em 7 de outubro de 2023. O kibutz foi um dos mais atingidos naquele dia — terroristas invadiram todas as casas da comunidade, exceto seis.

Muitos dos que acompanharam o cortejo cantaram o hino nacional, enquanto outros acendiam velas na beira da estrada. Muitos carregavam cartazes com a palavra “Perdão” ou gritavam pedindo perdão pela família não ter sido levada de volta a Israel com vida.

O sepultamento foi realizado em cerimônia reservada e a família decidiu enterrar os três num único caixão no Cemitério Tsoher, perto da casa deles no Kibutz Nir Oz, de onde foram levados pelos terroristas em 7 de outubro de 2023. “Assim, eles permanecerão juntos e próximos, assim como Shiri os envolveu em seus braços naquele dia amaldiçoado”, disse Carmit Palty Katzir, que atuou como mestre de cerimônias no funeral, segundo noticiou o Times of Israel.