03.03.25 | Mundo
Estudantes judeus denunciam antissemitismo em universidades alemãs
Relatório da União de Estudantes Judeus da Alemanha (JSUD) e do Comitê Judaico Americano (AJC) de Berlim, divulgado pela revista Deutsche Welle, revelou um aumento dos ataques contra universitários judeus em instituições de ensino superior na Alemanha desde o início da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
A presidente da JSUD, Hanna Veiler, 27 anos, aponta um "tsunami de antissemitismo" no ambiente universitário e cita uma série de incidentes antissemitas, um deles contras Lahav Shapira, que foi brutalmente espancado em uma rua de Berlim no início de fevereiro por ter se posicionado na universidade sobre o conflito no Oriente Médio.
Veiler também cita os vários movimentos estudantis e os chamados “acampamentos de protesto pró-palestinos" nas universidades, onde manifestantes endossaram as narrativas anti-Israel.
O ataque a Shapira foi provavelmente o incidente mais grave numa universidade motivado por questões antissemitas na Alemanha desde o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 do Hamas contra Israel, que motivou o atual conflito em Gaza. Desde então, universitários judeus têm relatado um clima de medo nas instituições de ensino superior alemãs. Eles afirmam que se sentem abandonados e tensos e temem por ataques e intimidações.
O documento de 26 páginas cita dados da Associação Federal de Centros de Pesquisa e Informação sobre Antissemitismo (Rias). De acordo com o relatório, o número de incidentes antissemitas em instituições de ensino superior alemãs aumentou de 16 em 2021 e 23 em 2022 para 151 em 2023.