O Departamento de Educação dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira (7) o cancelamento de bolsas e contratos para a Universidade de Columbia devido à "inação das autoridades universitárias diante do assédio persistente a estudantes judeus" e advertiu, na noite de segunda-feira (10), outras 60 universidades, públicas e privadas, para a possibilidade de cortar o financiamento federal se não forem tomadas medidas para proteger os estudantes judeus.

Nas últimas semanas, novo comitê disciplinar universitário enviou notificações a dezenas de estudantes por atividades que vão desde o compartilhamento de postagens em mídias sociais até a participação em protestos 'não autorizados'.

A universidade que, no ano passado, esteve no centro dos protestos universitários nos quais os manifestantes exigiam o fim do apoio dos EUA a Israel devido ao conflito em Gaza, perdeu um total de US$ 400 milhões em financiamento - o equivalente a R$ 2,3 bilhões.

Na quinta-feira (6), a agência de notícias Associated Press noticiou que estudantes da Columbia que fizeram críticas a Israel e participaram de manifestações pró-Palestina estão sendo alvo de investigação.

No domingo (9), agentes de imigração dos EUA prenderam um estudante palestino de pós-graduação da Universidade Columbia, em Nova York, por liderar o ativismo anti-Israel no campus.  O Departamento de Segurança disse em publicação no X (ex-Twitter) que a detenção do aluno identificado como Mahmoud Khalil se deu em “apoio aos decretos do presidente Donald Trump contra o antissemitismo”.