26.03.25 | Mundo
Milei decide liberar documentos secretos sobre os nazistas que se refugiaram na Argentina após a 2ª Guerra
A pedido do Senado americano, o governo do presidente Javier Milei decidiu liberar na segunda-feira (24) arquivos confidenciais sobre a presença de nazistas que se refugiaram na Argentina após a Segunda Guerra Mundial.
O chefe de gabinete do governo, Guillermo Francos, confirmou a decisão. Momentos antes, Javier Milei teve uma reunião com autoridades do Centro Simon Wiesenthal, organização internacional de direitos humanos, com sede em Los Angeles, que trata sobre o Holocausto, segundo noticiou a imprensa.
“O presidente Milei ordenou que todas as informações existentes em qualquer órgão do Estado fossem liberadas, pois não há razão para manter esses dados restritos”, afirmou Francos.
No encontro, o presidente recebeu uma carta do senador americano Chuck Grassley, do Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos. Os Estados Unidos pediram a Milei colaboração em uma investigação sobre nazistas refugiados na Argentina.
Dentre os documentos, estão registros do Ministério da Defesa, que incluem informações sobre as atividades das Forças Armadas durante a ditadura militar argentina, além de dados financeiros relacionados aos nazistas que se refugiaram no país.
Parte da liberação dos documentos de nazistas refugiados na Argentina já devia ter sido liberada antes. O Decreto 4 de 2010, solicitava a revelação de documentos e informações relacionadas com as ações das forças armadas entre 1976 e 1983.
A Argentina foi um dos principais destinos para a fuga dos nazistas. Embora o país tenha declarado guerra à Alemanha, em 1945, a postura diplomática em relação ao regime de Hitler foi ambígua, com vários membros do governo e do exército sendo acusados de proteger ou até colaborar com os criminosos de guerra.