09.04.25 | Mundo
Questão nuclear iraniana e reféns são temas do encontro de Netanyahu com Trump
A questão nuclear iraniana e a situação dos reféns israelenses mantidos em Gaza foram os temas principais do encontro, em Washington, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com o presidente Donald Trump na segunda-feira (7).
A Casa Branca informou na terça-feira (8) que as negociações com o Irã estavam "caminhando" na direção de um acordo sobre o programa nuclear do país, segundo noticiou o Times of Israel.
“O presidente reimpôs sanções paralisantes ao regime iraniano”, disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Karoline Leavitt, em uma coletiva de imprensa em Washington. “Se eles não optarem por um acordo pela via diplomática, haverá consequências graves”, destacou a porta-voz.
Segundo o Canal 12, Netanyahu, que esperava que sua viagem surpresa a Washington se concentrasse na questão do aumento das tarifas americanas, foi informado pela Casa Branca sobre as novas negociações com o Irã apenas duas horas antes do anúncio de Trump. De acordo com a emissora, Netanyahu não teria recebido garantias de que as demandas de Israel seriam atendidas nas negociações com o Irã, e nem sobre o que aconteceria se as negociações fracassarem.
Na terça-feira, Netanyahu disse que ele e Trump "concordam que o Irã não deve ter armas nucleares" e que um possível acordo nuclear só funcionará se as instalações nucleares do Irã forem desmanteladas. O Irã confirmou as negociações, mas afirmou que elas seriam indiretas. A mídia estatal iraniana noticiou que as negociações seriam realizadas em Omã, mediadas pelo ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, e lideradas pelo chanceler iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
Também nesta terça (8), Trump recebeu os reféns recém libertados Iair Horn, Keith Siegel e Aviva Siegel, que agradeceram ao presidente americano pelos esforços pela sua libertação. “O Hamas é simplesmente um desastre”, disse Trump ao Comitê Nacional Republicano do Congresso, chamando os três ex-reféns de “almas corajosas”.
Os ex-reféns pediram a Trump que "mantenha os esforços para trazer de volta para casa todos os 59 reféns restantes que ainda estão em Gaza".