Relatório de antissemitismo da CONIB/Fisesp/DSC aponta crescimento de 350% dos casos em 2024 - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.
Fotos: Divulgação

15.04.25 | Conib em ação

Relatório de antissemitismo da CONIB/Fisesp/DSC aponta crescimento de 350% dos casos em 2024

Relatório lançado nesta terça-feira (15) pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB), a Federação Israelita do Estado de São Paulo e o Departamento de Segurança Comunitária (DSC/FISESP) revela um aumento alarmante de 350% nos casos de antissemitismo no Brasil em 2024. O relatório foi lançado em evento realizado no clube Hebraica de São Paulo e conto com a presença de especialistas, jornalistas, juristas e lideranças da comunidade judaica, reforçando o compromisso da CONIB com o monitoramento e combate ao antissemitismo.

O presidente da CONIB,  Claudio Lottenberg , falou na abertura do evento, destacando que “os números são realmente muito preocupantes”. “E o Brasil apresentou o maior aumento de casos globais (961%) desde o início da guerra”. Lottenberg atribuiu grande parte ao aumento dos casos de guerra midiática. “Ao contrário da guerra militar, a guerra midiática é uma guerra de todos os judeus”, destacou, ao observar a responsabilidade de cada um com a verdade dos fatos. “O relatório traduz não só a realidade, mas também as preocupações que temos com o que acontece”, pontudo.

O presidente da Fisesp,  Marcos Knobel , constatou que o povo judeu tem um histórico de perseguições que vem de séculos. “Hoje vimos o antissionismo se transformar em antissemitismo”. Ele elogiou a atuação do DSC na segurança da comunidade judaica e destacou: “Nosso maior objetivo é o de poder viver o nosso judaísmo como deve ser: com segurança”.

O diretor executivo da CONIB, Sergio Napchan , converteu o evento, alertando para o aumento dos casos de antissemitismo nos últimos anos. “O relatório é importante também para definir estratégias de atuação da CONIB e junto às autoridades, uma vez que o aumento dos casos afeta toda a sociedade”, apontou. Napchan defendeu a importância de serem adotadas políticas públicas de combate ao antissemitismo, como ocorre em outros países, como nos EUA e na Alemanha. Também destacou a importância do trabalho do jurídico no encaminhamento dos casos.

Bruno Cardoni  - doutorando e Mestre em Filosofia Política e Filosofia do Direito pela UFRGS – abordou uma parte mais conceitual do antissemitismo, destacando a visão ideológica do preconceito contra judeus. "Para o antissemita o destino do mundo inteiro está ligado aos judeus. E o caminho para solucionar o problema passa pela educação e pela política", inspirado.

Ezequiel Gotlieb , gerente operacional de segurança da DSC/FISESP, falou sobre a metodologia, coleta e tratamento das denúncias. Relatou como são catalogadas as denúncias antes de serem encaminhadas para análise e para os setores responsáveis. Citou um caso recente ocorrido em Manaus, em que o autor acusa os judeus de bruxaria. Esse mesmo autor acabou sendo preso, ao ser flagrado pelas câmeras picando a entrada de uma sinagoga.

Andressa Assunção de Lima , do Departamento Jurídico da CONIB, relatou como é feito o encaminhamento jurídico das denúncias. Citou um caso em que o autor postou nas redes comentários antissemitas e foi condenado por crime de racismo contra judeus. “A notificação trouxe um precedente importante para a classificação de antissemitismo como racismo”, observou. “A CONIB conta com 45 advogados voluntários participantes em 140 casos”, afirmou.

Joana Zlot , gerente de Comunicação da CONIB, apresentou os dados das denúncias, monitoramento digital e pesquisa G100 da ADL. “No primeiro mês de conflito (Israel-Hamas) houve um aumento de mil por cento das denúncias, uma média de 12 denúncias diárias”. O documento aponta um total de 1.788 casos e atingiu um recorde histórico no Brasil, com o aumento de 350% dos casos em 2024. O ambiente digital é o principal vetor: 73% das denúncias ocorreram no ambiente online, com o X liderando (48%) e o Instagram em segundo (37%).

Joana também citou recente pesquisa global da ADL (Liga Anti-Difamação) sobre a situação em mais de cem países, entre eles o Brasil.

Veja no final o link para fazer download do relatório.

Relatório de antissemitismo da CONIB/Fisesp/DSC aponta crescimento de 350% dos casos em 2024 - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.
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