O governo americano anunciou nesta terça (15) o congelamento de mais de US$ 2,2 bilhões em bolsas e US$ 60 milhões em contratos para a Universidade Harvard depois que a instituição informou que não aceitará as exigências da administração Trump para revisar seus processos de admissão, contratação e disciplina — feitos em grande parte em nome do combate ao antissemitismo, segundo noticiou o Times of Israel.

A decisão do governo é uma resposta a uma série de manifestações contra Israel e, em alguns casos, antissemitas nos campi universitários dos EUA, que desde 2024 vem sendo palco de atos de apoio ao grupo terrorista Hamas e ao seu ataque de 7 de outubro de 2023.

O presidente Donald Trump também ameaçou retirar o status de isenção fiscal de Harvard. Trump disse que a universidade "deveria perder seu status de isenção fiscal e ser taxada como uma entidade política" se não se submeter às exigências para que “mude sua forma de funcionamento”. O status de isenção fiscal é "depende totalmente de (a instituição) atuar de acordo com o interesse público", acrescentou Trump em uma publicação em sua rede social Truth.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou as advertências e acrescentou que Trump queria ver Harvard se desculpar por atos de "antissemitismo no campus da faculdade contra estudantes judeus americanos".

Ela acusou Harvard e outras universidades de violar a Lei dos Direitos Civis, que proíbe a discriminação de beneficiários de financiamento federal com base em raça, religião ou origem.