Em relatório anual divulgado habitualmente antes do Dia da Independência, o Departamento Central de Estatísticas anunciou nesta terça-feira (29) que a população de Israel chegou a 10,1 milhões de pessoas, um aumento de doze vezes desde que o país foi fundado, em 1948, segundo noticiou o Times of Israel.

O número, que representa um aumento de cerca de 135.000, ou 1,4%, em relação ao ano anterior, inclui cerca de 7,7 milhões de pessoas, ou 77,6%, registradas como judias ou "outras" — uma categoria que antes era contabilizada separadamente. Essa categoria inclui cristãos não árabes e pessoas sem etnia definida, a maioria das quais tem direito a viver em Israel por ter um avô judeu ou cônjuge israelense, de acordo com o relatório.

Cerca de 2,1 milhões de pessoas que vivem em Israel, ou 20,9%, são muçulmanas, cristãs ou árabes drusas, segundo o documento. Outras 250 mil pessoas, ou cerca de 2,5%, não pertencem a nenhuma das categorias, incluindo estudantes e trabalhadores estrangeiros e imigrantes sem documentos.

No ano passado, segundo o relatório, cerca de 174.000 bebês nasceram em Israel, 28.000 pessoas imigraram para o país e 50.000 israelenses morreram. Israel tem uma população relativamente jovem, com 27% com menos de 18 anos - 13% têm pelo menos 65 anos, de acordo com o documento.

A população de Israel cresceu rapidamente em comparação com a população mundial, que cresceu cerca de 0,9%, chegando a pouco mais de 8 bilhões em 2023, o último ano para o qual o Banco Mundial disponibilizou dados. No entanto, o crescimento populacional de Israel neste ano foi ligeiramente menor do que no ano passado, quando a população aumentou em cerca de 1,9%, chegando a 9,9 milhões de pessoas.

Essa redução pode ser atribuída à queda em 24% na imigração para Israel no ano passado, conforme registrado em um relatório anterior ao Dia da Independência pelo Ministério da Aliá e Integração.

Ainda de acordo com o documento, cerca de 56.000 cidadãos israelenses vivem no exterior; cerca de 3,5 milhões de pessoas imigraram para Israel desde 1948, 47,6% das quais chegaram a partir de 1990, depois que os judeus soviéticos foram autorizados a emigrar em massa.

No final de 2023, segundo a CBS, cerca de 45% dos judeus do mundo viviam em Israel e 80% dos judeus israelenses haviam nascido no país.