08.05.25 | Mundo

Sala em escola francesa guarda peculiaridade da rendição da Alemanha nazista

O aniversário de 80 anos do “Dia da Vitória”, que marca o final da Segunda Guerra Mundial na Europa, será lembrado no mundo inteiro nesta quinta (8). A data marca a rendição incondicional da Alemanha nazista, em Berlim, em 1945.

Matéria de André Fontenelle, na Folha de S.Paulo, destaca uma peculiaridade do período registrada em uma sala de uma antiga escola da cidade francesa de Reims. Foi nela que, um dia antes, a capitulação alemã foi assinada pela primeira vez.

Congelada no tempo, a antiga sala dos mapas do quartel-general dos Aliados está lá até hoje, tal e qual, às 2h41 da madrugada de 7 de maio de 1945, quando representantes da Alemanha nazista assinaram o documento de rendição.

Foi lá que se reuniram os generais Walter Bedell Smith, americano, Gustav Jodl, alemão, e Ivan Susloparov, soviético, entre outros chefes militares. Nas paredes, grandes mapas mostram os deslocamentos das tropas no front, as condições meteorológicas e a localização dos suprimentos.

De acordo com a matéria, se esse momento foi esquecido pela história, isso se deve aos soviéticos. Eles fizeram questão de que um novo documento fosse assinado no dia seguinte, em Berlim já então ocupada pelo Exército Vermelho. As versões para o aparente capricho apontam diversos motivos: o peso simbólico maior de uma assinatura em Berlim; lacunas no documento de Reims; falta de autoridade de Susloparov para assinar em nome de Moscou.

Seja qual for o argumento que prevaleceu, o general americano Dwight Eisenhower, comandante supremo aliado, aceitou a exigência de Josef Stalin, o líder soviético. O texto de Berlim é quase idêntico ao de Reims, exceto por dois detalhes: o artigo 2º acrescenta uma referência ao "desarmamento total" da Alemanha, e o artigo 6º determina que as versões em inglês e russo prevalecem sobre o texto em alemão.

Tendo anunciado a rendição de 7 de maio, os jornais da época, do Brasil e do resto do mundo, tiveram que fazer contorcionismos para explicar a nova rendição de 8 de maio. Ela foi tratada como a "ratificação da capitulação" nazista. Com o tempo, prevaleceu a narrativa da rendição assinada em Berlim, e o evento de Reims mergulhou no limbo da história.


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