27.05.25 | Mundo
Holanda inaugura o primeiro museu de arte do mundo sobre o tema da migração
A Holanda inaugurou neste mês de maio o museu Fenix, o primeiro museu de arte dedicado à história da migração. O museu foi inaugurado no histórico porto de Roterdã, local onde milhões de imigrantes embarcaram no passado para a América do Norte em busca de uma vida melhor.
Agora, no mesmo prédio que já foi o maior armazém portuário do mundo, da Holland America Line, o novo museu propõe uma reflexão sobre o significado da migração.
Com curadoria centrada em narrativas humanas, o museu Fenix talvez seja o primeiro museu de arte no mundo inteiramente dedicado ao tema. As exposições se distribuem por dois andares amplos e iluminados, no interior de um galpão centenário restaurado por arquitetos locais.
A exposição inicial, chamada de All Directions, terá 150 obras adquiridas nos últimos seis anos de mais de cem artistas, como Honoré Daumier, Max Beckmann a Alfred Stieglitz. Objetos que representam histórias de pessoas que cruzam fronteiras, são forçadas a abandonar seus lares e encontram novas casas também foram selecionados – um dos artefatos mais inusitados é um pedaço de três metros do antigo Muro de Berlim.
A inauguração do museu ocorre em um contexto global em que imigrantes são frequentemente alvos de preconceito, hostilidade e expulsão. Em contraste, o museu adota uma abordagem empática.
“Mostramos que migração não se trata de números ou estatísticas. É sobre pessoas”, afirma Anne Kremers, diretora da instituição. “Há uma história de migração em toda família. Nosso ponto de partida é mostrar que todos somos humanos.”