O diretor do Centro Wiesenthal para a América Latina, Ariel Gelblung, foi homenageado pelo Centro Anne Frank da Argentina por seu empenho na luta contra o antissemitismo, o racismo, a discriminação e o terrorismo. O prêmio foi entregue pela embaixadora Maria Fabiana Loguzzo, Chefe da Delegação Argentina na Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) e Enviada Especial da Argentina para a Luta contra o Antissemitismo.

Durante a cerimônia, no início da semana, em Buenos Aires, também foram homenageados quatro sobreviventes do Holocausto por compartilharem suas histórias em eventos e, com isso, contribuírem na luta contra o antissemitismo.

Na ocasião, também houve um reconhecimento pela convivência democrática no Uruguai na figura do atual presidente Yamandú Orsi e dos ex-presidentes Julio María Sanguinetti e Luis Lacalle Pou.

Ao receber o prêmio, Ariel Gelblung declarou: “O Centro Anne Frank divulga o legado de uma adolescente judia que contou, em seu diário, o sofrimento de judeus na década de 1940 e, com isso, conquistou a empatia do mundo. Naquela época, judeus não podiam andar pelas mesmas ruas de Amsterdã sem medo de serem atacados; também não podiam viajar para alguns países, como a Austrália, porque seus vistos seriam negados; nossos ancestrais não puderam descansar em paz no cemitério de Manágua porque ele foi vandalizado; na Venezuela, corremos o risco de sermos considerados criminosos por disseminar discurso de ódio; na Colômbia, nossas instituições correm o risco de ter seu status legal revogado; também no Chile mulheres judias grávidas são insultadas por carregarem judeus em seus ventres; ” Genocida; na democrática Montevidéu, o Dia Internacional da Mulher e o Carnaval são usados ​​para disseminar mensagens antissemitas; e é grande o número de ataques antissemitas nas redes sociais na Argentina e no Brasil”.

“Por isso, disse ainda, é tão importante manter vivo o legado de Anne Frank”.