10.07.25 | Mundo
Cofundador do Google acusa a ONU de antissemita
Sergey Brin, cofundador do Google, chamou a ONU de ‘claramente antissemita’ após divulgação de relatório, em que a Organização das Nações Unidas acusa a plataforma de “lucrar com o genocídio em Gaza”.
As declarações de Brin vieram em resposta a um relatório, divulgado no final de junho, em que a relatora da ONU Francesca Albanese acusa o Google e sua empresa controladora, Alphabet — juntamente com outras gigantes da tecnologia, Microsoft e Amazon — de colaborar com a "campanha genocida de Israel em Gaza" por meio de suporte de nuvem e inteligência artificial para as agências militares e de inteligência israelenses.
A representante dos EUA na ONU pediu a remoção de Francesca, acusando-a de antissemitismo e preconceito contra Israel, segundo noticiou a imprensa.
“Meus comentários foram em resposta a uma discussão interna que citava um relatório claramente tendencioso e enganoso”, disse Brin em comunicado divulgado por seu porta-voz.
O relatório da ONU nomeia empresas que, segundo Francesca Albanese, deveriam ser responsabilizadas pela ação militar de Israel em Gaza. O relatório afirma que as gigantes da tecnologia americanas capitalizaram uma oportunidade lucrativa criada pela crescente necessidade dos militares por serviços de computação e armazenamento em nuvem, impulsionada pelos abundantes dados gerados pelo controle israelense de Gaza.
De acordo com matéria de Gerrit De Vynck e Nitasha Tiku, do Washington Post, o relatório destaca um contrato de computação em nuvem de US$ 1,2 bilhão concedido por Israel ao Google e à Amazon em 2021, denominado Projeto Nimbus, alegando que eles “intervieram com infraestrutura crítica de nuvem e IA” após a sobrecarga da nuvem militar interna de Israel depois dos ataques do Hamas.