15.07.25 | Mundo

IA ajuda a recriar a história de Anne Frank

Com a ajuda da inteligência artificial e de um smartphone, uma nova experiência imersiva segue os passos de Anne Frank na Amsterdã dos anos 1940, numa reconstrução interativa da vida da menina judia holandesa sob a ocupação nazista.

Em 1941, a jovem Anne e sua irmã Margot precisavam caminhar todos os dias 2,5 quilômetros para ir à escola porque as leis antissemitas lhes proibiam de usar o transporte público ou uma bicicleta. Uma experiência que agora pode ser revivida virtualmente, segundo noticiou a agência France Presse.

Moti Erdeapel, diretor da CityFans, a empresa responsável pelo projeto, que combina turismo e tecnologia, explica a iniciativa como forma de “aproximar Anne Frank de um número maior de pessoas".

"A Casa de Anne Frank, o museu, é muito pequena e sua capacidade é limitada. Muitas pessoas vêm aqui e ficam decepcionadas porque não conseguem descobrir Anne Frank", diz ele.

Mais de um milhão de turistas visitam a cada ano a pequena casa e o anexo, onde a jovem judia e sua família se esconderam dos nazistas durante dois anos.

Para conhecer o local onde a jovem escreveu seu famoso diário, os visitantes precisam reservar com um mês e meio de antecedência.

Mas com a visita virtual basta um celular, fones de ouvido e um código que dá acesso a um percurso de 7 quilômetros em 12 etapas. Uma narração em áudio acompanha o visitante, assim como animações geradas por inteligência artificial a partir de dados dos arquivos do Instituto Anne Frank, da cidade de Amsterdã e do Museu do Holocausto.

Uma das etapas da visita é a casa de Miep Gies, uma holandesa católica que ajudou os Frank a se esconderem. As feições de seu rosto ganham vida a partir de fotos de arquivo.

Erdeapel vê nesta visita guiada uma oportunidade de contar a história de Anne Frank a uma nova geração acostumada à tecnologia.

"É muito importante que façamos boas pesquisas, que trabalhemos na narrativa e que haja um aspecto humano na criação", avalia.

Cerca de 107.000 judeus holandeses e refugiados foram deportados durante a Segunda Guerra Mundial.

Desses, 102.000, incluindo Anne Frank, foram assassinados, ou seja, cerca de 75% da população judaica de antes da guerra.


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