Argentina marca o 31º aniversário do ataque à AMIA - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.
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16.07.25 | Mundo

Argentina marca o 31º aniversário do ataque à AMIA

A Argentina vai realizar cerimônia nesta sexta feira, 18 de julho, em homenagem às vítimas do atentado que matou, em 1994, 85 pessoas e deixou mais de 300 feridos na sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires.

O ataque à AMIA foi o pior ato terrorista na história da Argentina, mas não foi o único no país. Dois anos antes, em 17 de março de 1992, 29 pessoas foram mortas e 242 pessoas ficaram feridas num ataque suicida contra a embaixada israelense em Buenos Aires.

Há poucos dias, a justiça argentina autorizou o julgamento à revelia de dez iranianos e libaneses acusados de planejar e executar o atentado, com base em nova lei que altera o código de processo penal e permite "julgamentos à revelia". Mas apenas em abril de 2024 a justiça argentina atribuiu ao Irã a responsabilidade pelo ataque, reconhecendo que o atentado foi executado pela "organização terrorista Hezbollah", financiada pelo "governo dos aiatolás".

Entre os 10 réus envolvidos no atentado à AMIA estão altos ex-funcionários do regime iraniano, como o ex-ministro da Defesa, Ahmad Vahidi; Mohsen Rezai, ex-comandante do corpo de Guardiões da Revolução entre 1993 e 1994; o ex-ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Velayati, além de membros da organização terrorista xiita libanesa Hezbollah e Hadi Soleimanpour, ex-embaixador do Irã em Buenos Aires.

O presidente argentino, Javier Milei, já havia prometido à comunidade judaica reforçar o sistema nacional de inteligência para evitar que ataques semelhantes ocorram novamente, além de dedicar mais recursos à investigação do caso AMIA.

Em dezembro último, a Suprema Corte argentina anunciou sua decisão de julgar a ex-presidente Cristina Kirchner pelo acordo que assinou com o Irã durante seu mandato na presidência. Cristina Kirchner já vinha sendo investigada pelo acordo que fez com o Irã, em 2013, em que se comprometia a proteger iranianos envolvidos no atentado à AMIA, em troca de favorecimentos comerciais à Argentina.

O promotor Alberto Nisman, que investigou o caso, estava prestes a denunciar a ex-presidente no Congresso, quando foi assassinado com um tiro na cabeça, num episódio que chocou o país.

Quando o caso foi reaberto em 2023, os juízes disseram que a acusação de acobertamento extrapolava a assinatura de um memorando entre o governo argentino e o Irã, proposto por Cristina e aprovado pelo Congresso. Esse documento previa que os suspeitos do atentado contra a Amia fossem interrogados no Irã e não na Argentina.


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