“O Brasil, mais uma vez, se afasta de uma visão equilibrada”, diz presidente da CONIB - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.

24.07.25 | Brasil

“O Brasil, mais uma vez, se afasta de uma visão equilibrada”, diz presidente da CONIB

O presidente da CONIB, Claudio Lottenberg, deu entrevistas ao SBT e, na manhã desta quinta-feira (24), à Jovem Pan News, em que criticou a justificativa do Itamaraty sobre a versão de que Israel usa a fome como arma de guerra, afirmando que o Brasil usa como informação um órgão sem qualquer credibilidade: o Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas. “O Brasil, mais uma vez, se afasta de uma visão equilibrada e se apoia em narrativas. É importante registrar que quando a ajuda humanitária entra em Gaza ela é saqueada pelo Hamas, que vende os produtos à população para arrecadar dinheiro para comprar armas e continuar atacando Israel”.

À Jovem Pan News, Lottenberg destacou:  A nota não aborda o sentimento que, nós judeus temos, e se refere ao conflito de maneira equivocada. É importante deixar claro que Israel não comete genocídio à luz do direito internacional. Não há a intenção comprovada de exterminar o povo palestino. O alvo militar é o Hamas. Os esforços nesse sentido podem ser até criticáveis em relação à resposta de Israel, mas há uma verdadeira obsessão da política externa brasileira em relação a Israel. O Brasil poderia até se manifestar dentro de outros cenários, mas não se refere ao genocídio cultural que acontece contra outros grupos minoritários da China; cita com bastante restrição o conflito na Ucrânia; não se refere ao Sudão e nem critica a política do Irã contra as mulheres, por exemplo. Desde o início do conflito, em outubro de 2023, o Brasil foi capaz de emitir mais de 60 notas criticando Israel e 10 em relação ao Irã. Vejo que há aqui um duplo padrão comportamental, uma visão obcecada e eu diria que a assessoria do presidente Lula tem utilizado declarações inflamadas em relação a Israel como forma de reforçar a sua identidade política frente à oposição interna. Adota, lamentavelmente, uma política externa ideológica que associa o nosso País a nações com regimes vergonhosos. Qual a legitimidade da África do Sul, que é um país envolto em corrupção; qual a legitimidade de o Brasil estar associado a um país como a Turquia, nação que nunca reconheceu o genocídio que praticou contra os armênios. Chega a ser patético esse tipo de associação e nós lamentamos. E, lógico, isso aumenta o antissemitismo e traz um cenário de preocupação para nós judeus brasileiros”.


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